Importações – Os números preliminares da média diária de agosto de 2009 das importações de leite e derivados, em dólar, são 15,73% maiores que a média de julho de 2009. Veja no quadro as médias, considerando apenas os dias úteis das importações efetivas em dólar.
Leite/AL- Produtores de leite de Alagoas vivem duas realidades diversas. Os pequenos, que recebem ajudas de programas do governo, estão satisfeitos com o preço. Já os médios e grandes, que dependem do mercado, reclamam de prejuízo. O trabalho do criador Gerson da Silva com o gado começa às 5hs. Ele reúne para a ordenha as quatro vacas que cria num sítio no povoado de Samambaia, região da bacia leiteira de Alagoas, a pouco mais de 200 quilômetros de Maceió. Cada vaca do criador produz uma média de 13 litros de leite por dia. No povoado, seu Gerson e cerca de 30 pequenos produtores vendem a produção para o programa do leite de Alagoas, que paga R$ 1,20 pelo litro. O valor representa quase R$ 0,50 a mais do que o praticado no Estado, que hoje é de R$ 0,75. Mas nem toda bacia leiteria alagoana vive um bom momento.Se o pequeno pecuarista comemora o mesmo não ocorre com os produtores de grande e médio porte. O criador Divaldo Alves produz 1,2 mil litros de leite por dia. Como médio produtor, ele recebe pouco mais de R$ 0,75 pelo litro entregue para a indústria. É um valor que, segundo ele, não cobre os custos de produção. “Todos os anos eu arrendo pastos, alugo máquinas e vendo vacas para poder suprir essa deficiência”, falou. Alagoas produz 650 mil litros de leite por dia. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios de Alagoas, Carlos Henrique Sampaio, os custos impedem o crescimento da produção no Estado. “O produtor hoje, no meu ponto de vista, teria de crescer a produtividade na fazenda para poder ter escala e baixar seu custo. E procurar parcerias para baixar o custo, é no que estamos trabalhando hoje”, explicou Sampaio. (Globo Rural)
Preços – O leite longa vida, que neste ano entre os alimentos está sendo o campeão de oscilação de preço, teve nova alta. Nas gôndolas dos supermercados, o produto está 13% mais caro que no início do mês, mas o valor ainda é menor se comparado com o de dois meses atrás, quando o litro chegou a ser comercializada por R$ 2,70 em Bauru. Atualmente, o preço médio do leite na cidade é de R$ 1,80 o litro. Segundo o gestor de compras Teder Senis, em alguns supermercados que ainda têm estoques adquiridos no período dos preços baixos, o leite longa vida ainda é vendido entre R$ 1,65 e R$ 1,70. “Fechamos o mês com os preços baixos, mas já houve reajuste e o preço do leite está caminhando para o normal. Em julho e início de agosto, o preço caiu, aproximadamente, 30%, mas já recuperou 13%. Isso mostra que o valor ainda está bem abaixo do comercializado nos meses de abril, maio e junho”, revela. A oscilação do preço do leite é resultado de diversos fatores. A assessoria de imprensa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Pecuária Sudeste explica que há 15 anos o preço do litro do leite é liberado e a oscilação do valor ocorre em todas as etapas – produtor, usina, laticínios e varejo. Segundo o gestor de compras Alecsandro Dias, um dos fatores que impulsionou a queda no preço do leite no mês passado foi a entrada do produto da região Sul no Estado de São Paulo. “O Sul é uma das maiores bacias produtoras de leite do Brasil e começou a distribuir o produto no Estado. A oferta maior de leite aumentou a concorrência entre os produtores, fato que influenciou na queda dos preços”, explica. (Jornal da Cidade)
Nestlé – O anúncio do presidente da Nestlé Brasil, Ivan Zurita, de que a companhia teria arrendado a antiga fábrica da Parmalat em Garanhuns causou alvoroço. Mas, o presidente da Bom Gosto, Wilson Zanatta, afirmou que o acordo prevê o arrendamento de 3 mil dos 19 mil metros quadrados da unidade. A Bom Gosto é parceira da Nestlé desde 2001. Como a Bom Gosto não tem tradição na produção de iogurte e sobremesas lácteas, interessou-se pelo arrendamento, porque colocaria para funcionar uma parte ociosa da unidade. A parceria com a Nestlé prevê que a Bom Gosto seja responsável por receber o leite, resfriá-lo, pasteurizá-lo e só então entregá-lo para a Nestlé. Ivan Zurita através de nota da assessoria de imprensa, confirma que a Nestlé terá mesmo uma unidade de refrigerados dentro da fábrica da Bom Gosto. A previsão de investimentos (entre R$ 40 milhões e R$ 50 milhões) está mantida. O dinheiro será gasto em tecnologia e aquisição de maquinário. (Diário de Pernambuco)
Bom Gosto – Wilson Zanatta informou que os R$ 8 milhões em investimentos prometidos quando a Bom Gosto reativou a fábrica em Garanhuns, em março, já foram aplicados para melhorar a coleta a granel e o resfriamento do leite. “Estive na semana passada com o Fernando Bezerra Coelho (secretário estadual de Desenvolvimento Econômico). Disse para ele que Pernambuco não ganhou somente a Bom Gosto. De carona ganhou a Nestlé”, comentou Zanatta, afirmando que a fábrica de Garanhuns seguirá produzindo leite longa vida, leite condensado, creme de leite e leite em pó. Atualmente, a unidade conta com 180 empregados. “Quando assumimos a fábrica, ela conseguia processar 170 mil litros de leite por dia. Hoje, processa 230 mil. A meta para o fim do ano é 300 mil”, disse Zanatta. Segundo ele, a empresa vem negociando com associações de produtores de Pernambuco, Alagoas e Ceará para o fornecimento da matéria prima. (Diário de Pernambuco)
Negócios
Lançamento – O novo Activia Maracujá 0% de Gordura é mais uma versão light do iogurte funcional da Danone que, segundo a empresa, ajuda a manter o intestino funcionando bem. O lançamento tem 62 kcal por pote de 100 g, é rico em vitamina A (oferecendo 25% das necessidades diárias de um adulto), vitamina D (26%) e cálcio (24%). O produto vem com pedaços da polpa do maracujá, que intensificam o sabor da fruta, e está disponível em todo o Brasil, em bandeja com quatro potes de 100 gramas. (Brasil Alimentos)
Papelão – As vendas de papelão ondulado no mês passado somaram 194 mil toneladas, segundo dados preliminares divulgados pela Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO). O resultado representa uma expansão de 3,78% em relação ao dado atualizado de junho (186,9 mil toneladas), mas queda dos mesmos 3,78% ante julho de 2008. O resultado do mês passado é o melhor indicador de vendas do setor em 2009, superando a marca do mês anterior. “As vendas mensais do setor apresentam melhora consistente em 2009”, destacou em nota o presidente da entidade, Paulo Sérgio Peres. No acumulado dos sete primeiros meses do ano, as vendas do setor somam 1,245 milhão de toneladas de papelão ondulado, com retração de 6,6% em relação ao mesmo período do ano passado. No primeiro semestre, a retração anual acumulada foi de 7,04%. (Agência Estado)
Balde Cheio/RO – Foi realizada na manhã de ontem, em Jaru, uma reunião para tratar do lançamento do projeto “Balde Cheio” no Estado de Rondônia. O projeto vem sendo realizado pelas empresas Laticínios e Casa da Lavoura, em parceria com a Emater/RO e o Laboratório Pfizer. O lançamento acontece durante um dia de campo realizado na propriedade do produtor rural João Teodoro Mielke, localizada no quilômetro 11 da Linha 610, em Jaru. Estiveram presentes à reunião o representante da Casa da Lavoura, Marques Pedrosa, da Italac, Waltenes Diniz Júnior, Adilson Adeli e Wesley Santos, além do produtor Roberto Henrique. O evento será destinado a produtores rurais convidados de todo o Estado, objetivando formar multiplicadores de conhecimento e agregar qualidade ao substancial aumento da produção leiteira de norte a sul de Rondônia. (Folha de Rondônia)
Setoriais
Cooperativismo – O secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Márcio Portocarrero, informou que o Brasil surpreendeu os compradores chineses ao apresentar cooperativas empresariais com produtos e marcas participativas no agronegócio. A constatação é resultado de missão à China com o objetivo de promover a prospecção de negócios, avaliar o mercado e aproximar-se de compradores chineses. Participaram representantes de 14 cooperativas dos setores de carnes, laticínios, algodão, café e soja. (Correio do Povo/RS)
Insumos – Após a queda na venda dos principais insumos no primeiro semestre do ano, o mercado começou a apresentar crescimento em julho, principalmente na área de fertilizantes. A informação é do presidente da Câmara Temática de Insumos Agropecuários, Cristiano Walter Simon. A demanda de fertilizantes deve estabilizar, segundo Simon, e a expectativa do setor é que seja mantido volume igual ou próximo ao do ano passado, de 22,5 milhões de toneladas. Dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) apontam que a entrega do produto ao consumidor final, de janeiro a julho, foi de 10,8 milhões de toneladas. O resultado é 22,5% inferior ao registrado no ano passado, quando as vendas alcançaram 13,9 milhões de toneladas. A produção nacional foi de 4,5 milhões de toneladas e os estoques finais na indústria, de 4,7 milhões de toneladas. A venda de defensivos, nos sete primeiros meses do ano, aumentou 1% em comparação ao mesmo período de 2009, e passou de R$ 5,22 bilhões para R$ 5,28 bilhões. (Correio do Povo/RS)
Economia
Reforma Tributária – O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), afirmou à Agência Estado que até o início de setembro o projeto de emenda constitucional (PEC) da reforma tributária pode ser votado pelo plenário da Casa. O ex-secretário de Reformas Ecômicas, Bernard Appy, afirmou recentemente que o governo trabalha com um cronograma para que a reforma tributária seja aprovada pela Câmara e Senado até o final deste ano. Para Temer, há tempo hábil para que essa hipótese do governo de fato se concretize. “É possível que isso ocorra, sim, pois, depois de ser apreciado em primeiro e segundo turnos na Câmara (em setembro), haveria três meses ainda para o Senado avaliar esse projeto”, comentou. (Agência Estado)
IGP-10 – O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) aprofundou a deflação em agosto. O índice teve queda de 0,60% no mês, quase o dobro da queda registrada em julho (-0,35%). A informação foi divulgada nesta terça-feira (18) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que calcula o índice inflacionário. No caso dos três indicadores que compõem o IGP-10 de agosto, o Índice de Preços por Atacado – 10 (IPA-10) caiu 1,04%, o Índice de Preços ao Consumidor – 10 (IPC-10) aumentou de 0,26% e o Índice Nacional de Custos da Construção -10 (INCC-10) teve alta de 0,22%. Até agosto, o IGP-10 acumula quedas de 2,13% no ano e de 1,04% em 12 meses. (Agência Estado)
IPC – A inflação na cidade de São Paulo, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), acelerou de 0,35% na primeira quadrissemana de agosto para 0,43% na segunda prévia do mês. Divulgado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o IPC ficou dentro das projeções dos analistas ouvidos pela Agência Estado, que esperavam uma taxa de 0,35% a 0,45%, com mediana de 0,39%. Dos sete grupos que compõem o IPC o único que apresentou alta foi Habitação (de 0,55% para 0,94%). Desaceleraram os grupos Alimentação (de 0,39% para 0,26%), Transportes (de 0,19% para 0 10%), Despesas Pessoais (de 0,11% para 0,09%), Saúde (de 0,65% para 0,49%) e Educação (de 0,12% para 0,06%). No campo negativo, o grupo Vestuário recuou de -0,19% para -0,10%. (Agência Estado)
Globalização e Mercosul
TEC – Com a necessidade de reduzir gradativamente a lista de exceção à Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) já está enfrentando dificuldade para acomodar os pedidos de inclusão de produtos. Pelo dispositivo, cada país do Mercosul pode praticar temporariamente, para determinado grupo de produtos, uma alíquota de imposto de importação diferente – maior ou menor – da TEC, cobrada de países fora do bloco. A próxima revisão periódica da lista ocorrerá até o fim deste mês, mas já são 17 pedidos de inclusão para apenas 7 vagas. Até o fim de 2010, Brasil e Argentina terão de extinguir as listas, enquanto Paraguai e Uruguai têm prazos mais flexíveis. Até lá, a relação será paulatinamente reduzida. No fim de 2008, a lista de exceção do Brasil podia ter até 100 itens. No início deste ano, o total caiu para 93 e, até fevereiro do próximo ano, a lista de produtos brasileiros poderá conter no máximo 80 itens. (O Estado de SP)
Brasil/México – O presidente do México, Felipe Calderón, defendeu ontem, em Brasília, que seu país estude a possibilidade de assinar um acordo de livre comércio com o Brasil, tema ansiado pela indústria brasileira, mas que provoca resistência em parte do setor produtivo mexicano, em especial o agronegócio. (Agência Globo)
Laticínios terão que divulgar resultado de fiscalização
A empresa produtora de laticínios que não divulgar na Internet os resultados das análises de laboratório feitas em seus produtos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estará sujeita a advertência, multa, interdição ou cancelamento da autorização de funcionamento.
Esse é o teor do PLS 86/08 do senador Marconi Perillo (PSDB-GO), em exame na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) e que deverá ser submetido ainda à análise das comissões de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) e de Assuntos Sociais (CAS). Nessa última, o projeto tem decisão terminativa.
Na CCT, a matéria recebeu emenda de redação do relator Cícero Lucena (PSDB-PB), desobrigando da divulgação na rede as pequenas empresas que não dispõem de sítio próprio na Internet, caso de 54% daquelas com dez ou mais funcionários, conforme pesquisa realizada pelo Centro de Estudos sobre Tecnologias da Informação e da Comunicação (CTIC).
Cícero Lucena argumenta que os consumidores terão acesso a informações sobre todas as empresas que estejam sob fiscalização no sítio dos órgãos fiscalizadores. O senador também ressaltou a criação do Centro Integrado de Monitoramento da Qualidade dos Alimentos, www.cquali.gov.br, mantido pela Anvisa, pelo ministério e pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça (DPDC/MJ), que traz informações ao consumidor sobre a qualidade dos laticínios.
Segundo Lucena, a divulgação das análises dos laticínios na Internet, além de ter “custo desprezível”, traz o benefício adicional de facilitar o acesso da população a informações de grande relevância, amplia dados à disposição sobre a qualidade dos produtos e evita danos a saúde do consumidor.
As informações são da Agência Senado