Leilão do Nenê/MG – José Eustáquio Bernardino de Sena, o Nenê, natural de Candeias/MG, há anos empreendedor no setor lácteo, ex-sócio do grupo Montelac e agora também na atividade leiteira, produzindo oito mil litros de leite/dia, criou a Agropecuária 2N, com o objetivo de produzir matrizes leiteiras que apresentem “índices zootécnicos equilibrados” e que tragam lucros ao produtor. No dia 13 de setembro, estará sendo realizado o 1º Leilão de 400 fêmeas holandesas e girolanda, resultado da seleção iniciada na fazenda “Boa Vista”, em 2006.
Ranking – Veja o ranking divulgado pela Revista Exame das maiores empresas privadas de laticínios. (Revista Exame)
Minas Leite – A renda dos produtores que aderiram ao programa Minas Leite, criado pela Secretaria da Agricultura, aumentou cerca de 40% em dois anos. De acordo com um dos coordenadores do programa, Rodrigo Puccini Venturin, “os resultados correspondem à proposta do Minas Leite, de proporcionar uma produção sustentável, o aumento da oferta e a melhoria da qualidade do alimento, com redução de custos, e assim incrementar a renda familiar”. Nas 140 propriedades mineiras acompanhadas pelo programa que tinham inicialmente uma renda anual de quase R$ 30 mil, a receita média subiu para R$ 41,4 mil. (Portal do Agronegócio)
Leite/MG – Minas Gerais é o maior produtor nacional de leite, com 7,2 bilhões de litros/ano, totalizando um terço de toda a produção no país. O excedente exportável do Estado alcança 3,5 bilhões de litros/ano e o rebanho leiteiro, também o maior do país, é composto por 7 milhões de vacas. Na atividade, que gera 1,2 milhão de empregos, mais de 70% dos produtores são de pequeno porte, com a retirada abaixo de 100 litros por dia. Esses produtores podem se cadastrar no Minas Leite, nas unidades da Emater, devendo comprovar a sua condição de agricultor familiar. (Portal do Agronegócio)
Preços/MT – Os preços do leite longa vida nos supermercados de Cuiabá acumulam alta de até 84,65% no ano. Pesquisa realizada pelo Diário nas principais redes de supermercado constatou que todas as marcas alteraram os preços nos últimos dois meses, com o menor índice de reajuste chegando a 28,38%. A média do reajuste das seis marcas pesquisadas foi de 50% após o início da entressafra, no mês de maio. Os supermercados atribuem a alta dos preços ao período da entressafra. “Apenas repassamos os preços da indústria”, justifica o gerente de uma das lojas da rede de supermercados Big Lar. “Todas as indústrias remarcam seus preços. Mas a tendência, na avaliação dos supermercadistas, é de que os preços se estabilizem nos patamares atuais até o início da safra, a partir de novembro”. Mesmo com a alta, os supermercados não registram ainda queda no consumo de leite. (Diário de Cuiabá/MT)
Leite pela vida/MG – O Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas (Idene) e o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) assinaram, nesta quinta- feira (13), convênio para a continuidade do programa Leite pela Vida no período de agosto de 2009 a julho de 2011. Um investimento de cerca de R$ 128 milhões para garantir a distribuição gratuita de 151,5 mil litros de leite por dia, para famílias que possuem crianças de seis meses a seis anos de idade, gestantes, nutrizes e idosos, em 193 municípios. O diretor-geral do Idene, Walter Adão diz que “além de gerar emprego e renda com a compra do leite da agricultura familiar, o programa contribui para o fortalecimento do pequeno produtor, cooperativas e laticínios locais, e diminui a vulnerabilidade social, combatendo a fome”. Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), da Secretaria de Estado de Saúde (SES), também mostram redução no índice de desnutrição. (Secretaria de Estado de Governo/MG)
Leite/RO – Pesquisadores e técnicos da Embrapa Rondônia e da Emater-RO percorrem, desde o começo de julho, diferentes municípios do Estado para levar a produtores informações a respeito das práticas adequadas para produção de leite. Até novembro, a meta é realizar 88 palestras para produtores, sendo oito em exposições agropecuárias, além de atividades educativas em universidades e escolas. A maratona é uma ação da Campanha de Qualidade do Leite, lançada no dia 10 de julho último, em Ji-Paraná. A Campanha de Qualidade do Leite é coordenada pelo Sebrae, Emater-RO, Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária (Seagri) e pela Embrapa Rondônia. Além das palestras, são produzidas peças publicitárias para veiculação na mídia estadual. A campanha segue até dezembro. (Folha de Rondônia)
PEC – A comissão especial que analisa a Proposta de Emenda à Constituição 47/03, do Senado, pode começar a funcionar ainda este mês, de acordo com o deputado Nazareno Fonteles (PT-PI). A PEC inclui a alimentação entre os direitos sociais previstos na Constituição. O deputado, autor de outra proposta (PEC 64/07) sobre o assunto, que tramita conjuntamente com a PEC 47/03, acredita que as propostas podem ser votadas pelo Plenário ainda neste ano. (Agência Câmara)
Negócios
Lançamentos – No momento em que os preços do leite longa vida dão um refresco às donas de casa, a Itambé coloca nas gôndolas quatro novos tipos da bebida: Zero, Cálcio, Ferro e NoLac, que integram a Linha Premium Itambé. O lançamento do que a empresa chama de “nova geração de leites UHT” exigiu investimentos de R$ 1 milhão em publicidade e outros R$ 250 mil em ajustes na fábrica. A produção mensal será de 800 mil litros, totalizando 9,6 milhões de litros por ano. Inicialmente, a Itambé prevê que 55% das vendas dos leites da linha Premium ocorram em Minas Gerais e 20% no Distrito Federal e em Goiânia. O restante será comercializado em outras regiões do país. Fabricante de laticínios da Perdigão, a Cotochés investiu R$ 2 milhões em mídia para divulgar produtos e o “gostinho de viver na fazenda”. (Hoje em Dia/MG)
Mercado – No Brasil, o mercado de leite UHT é de 3,5 bilhões litros por ano. O consumo per capita de leite no país é pequeno se comparado a outros países da América do Sul. Enquanto argentinos bebem 210 litros anualmente, o brasileiro não bebe mais que 140 litros. A melhora dos preços deve impulsionar as vendas. Após meses de alta, chegando a até R$ 2,80 a caixinha de leite, o custo retornou ao patamar de R$ 1,90/ R$ 1,80. Os leites especiais custam entre 15% e 20% mais que os “normais”. (Hoje em Dia/MG)
Ações – O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, descartou ontem a presença da instituição na formação do acordo entre acionistas para participar do controle da BRF (Brasil Foods), empresa resultante da fusão entre Perdigão e Sadia. Ele afirmou que o banco ficou com apenas 3% das ações da BRF. (Folha de SP)
Feira/PE – Considerada a maior feira do sertão do Araripe, começou dia 13 e vai até 19 de agosto, a 23ª Exposição Regional de Caprinos e Ovinos, em Floresta, a 433 quilômetros do Recife. Este ano deverão ser expostos 700 animais. Além de palestras e cursos oferecidos pelo Sebrae e pelo Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA, os visitantes contarão com uma feira tecnológica com expositores de produtos agrícolas e maquinários vindos de São Paulo. Os melhores exemplares das raças Boer, Anglo-Nubiana, Santa Inês e Dorper vão concorrerão ao prêmio de R$ 9,8 mil pelo melhor animal. No torneio leiteiro, o animal vencedor levará R$ 8 mil e o animal que concorrerá na pista de raça leiteira levará para casa R$ 3,5 mil. Haverá concurso dos ovinos e caprinos mais pesados entre machos e fêmeas e os pequenos piscicultores receberão alevinos para serem colocados em açudes públicos e comunitários do município. (Nordeste Rural)
Setoriais
Preços – Os preços recebidos pelos produtores rurais paulistas recuaram 1,88% na primeira quadrissemana de agosto, segundo dados divulgados pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. O indicador de preços recebidos (IqPR) recuperou 2,2% em relação à forte queda de 4,12% observada na última quadrissemana de julho. A recuperação do indicador se deve à leve queda, de apenas 0,73% nos preços dos produtos de origem vegetal, que ficaram 3,9% acima da perda de 4,57% registrada na quadrissemana anterior. O índice de preços dos produtos de origem animal recuou 4,74%, acentuando a queda de 3,02% verificada na última quadrissemana de julho. Os produtos que registraram as maiores altas na primeira quadrissemana de agosto foram laranja para indústria (35%), amendoim (14,57%), banana nanica (13,24%) e os leites tipo B (5,09%) e tipo C (4,71%)). As maiores quedas de preços foram laranja para mesa (30,75%), carne suína (21,18%), ovos (17,9%), batata (15,22%), carne de frango (8,95%) e feijão (8,19%). (Agência Estado)
Animais/MG – A atuação dos extensionistas da Emater-MG aos produtores do Minas Leite, orientando no equilíbrio do número de vacas por hectare e a correta utilização de ração, contribuiu para aumentar em 100% o número de animais nascidos nas fazendas, e queda de 53% no índice de mortalidade. Cada lote de 23 vacas gerava 7 bezerros/ano e atualmente a relação é de 23 para 14. Segundo o coordenador da Emater, Elmer Ferreira Luiz de Almeida, um levantamento da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), de São Paulo, mostra que esse mercado está firme há mais de três anos, com incremento de 80% no preço dos bezerros. (Portal do Agronegócio)
Soja – A soja será a rainha absoluta da safra de verão 2009/10. Levantamento feito pelo Valor com base nas vendas de fertilizantes, defensivos e sementes mostra que a oleaginosa vai avançar sobre a área de milho e de algodão, uma vez que seus preços estão mais atraentes no mercado internacional. A expectativa é de colheita recorde. O estímulo também ocorre por conta do espaço deixado pela quebra da safra de grãos da Argentina. (Valor Econômico)
Soja/AR – A revista Oil World, projeta grande queda nas exportações argentinas de farelo de soja (1,8 milhão de toneladas) e óleo de soja (400 mil toneladas), entre julho e dezembro de 2009. Entre as razões está a baixa produtividade da última safra, em decorrência da seca, mas também pela crescente demanda de soja pela indústria argentina de biodiesel. “A queda na produção e a baixa disponibilidade de soja reduziram os estoques do grão na Argentina, Brasil e Paraguai, em até 20,5 milhões de toneladas em 1º de julho de 2009, em relação à mesma data do ano anterior”, diz a revista. A queda das exportações argentinas fará com que o mercado internacional dependa da produção americana de óleo. Com relação ao farelo, Estados Unidos e Índia aparecem como alternativas, mas a seca está afetando a produção do país asiático e dificilmente os Estados Unidos tenha condições de atender à demanda mundial. (Âmbito.com)
Insumo – As vendas de fertilizantes somaram 2,46 milhões de toneladas em julho, um pouco acima dos 2,45 milhões de igual mês de 2008. Até julho, as entregas de adubos ainda estão 22% abaixo das de 2008, segundo a Anda, entidade do setor. (Folha de SP)
Economia
Emprego – O nível de emprego da indústria de transformação do Estado de São Paulo fechou julho com queda de 0,16% na comparação com junho, nos dados sem ajuste sazonal, segundo levantamento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgado ontem. O setor fechou 1.500 vagas no mês passado. Na série com ajuste sazonal, o emprego recuou 0,32% no mês passado – a décima queda consecutiva. A indústria paulista emprega 2,2 milhões de pessoas. (Valor Econômico)
Globalização e Mercosul
Garantia – Na Emilia Romana, centro da Itália e pátria do parmesão, os empréstimos bancários concedidos aos agricultores são garantidos por fornadas de queijo parmesão, depositado nos bancos enquanto alcança o ponto ideal. O sistema, único no mundo, nasceu nos anos 50 e no século XXI ainda é utilizado por quatro bancos desta região da Itália: o Banco Agrícola Mantovana (MPS), o Popolare di Verona, o Popolare dell’Emilia Romagna e o Credem (Crédito Emiliano), que abrigam mais de 400.000 formas de parmesão. A forma de parmesão, que pesa 40 quilos e vale 300 euros, amadurece após dois anos da fabricação. Os depósitos servem ao mesmo tempo de garantia para os créditos. Se o cliente não pagar, o banco recupera o valor vendendo o queijo. (France Presse)
Colômbia – Desde 26 de outubro de 2008, quando o primeiro animal foi identificado, até 22 de julho de 2009, 74.210 cabeças de gado já haviam entrado para o Sistema Nacional de Indentificação e Informação do Gado Bovino (Sinigán), com o objetivo de transformar a pecuária colombiana. “Além dos aspectos tecnológicos, trata-se da mudança cultural em relação à rastreabilidade”, diz o ministro da Agricultura, Andrés Fernández Acosta. Os registros, desde a data do nascimento, até os lugares e condições de criação, serão transferidos para os rótulos dos produtos provenientes do leite e da carne daquele animal. A Colômbia pretende ter 80% do seu rebanho rastreado, até o ano de 2017. (El Espectador)
ARG: captação cresce 4,9% nos 5 primeiros meses do ano
A captação de leite na Argentina aumentou 0,7% em maio deste ano, para 505,58 milhões de litros, com relação ao mesmo mês de 2008 (501,827 milhões de litros), de acordo com dados da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Alimentação (SAGPyA). Em relação ao mês de abril, o volume captado se manteve estável.
Os dados são provenientes de uma pesquisa feita com mais de 20 indústrias de lácteos, que em 2007, representaram aproximadamente 64% do total da produção argentina de leite.
Nos primeiros cinco meses do ano, a captação total acumulada foi de 2,576 bilhões de litros, 4,9% a mais do que no mesmo período de 2008, quando foram captados 2,372 bilhões de litros.
Tabela 1. Recepção de leite nas principais indústrias argentinas.