Audiência Pública – A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Regional realiza nesta terça-feira (11) audiência pública para discutir os recentes reajustes no preço do leite ao consumidor. O debate foi sugerido pelos deputados Vitor Penido (DEM-MG) e Antônio Andrade (PMDB-MG). Penido denuncia a existência de uma assimetria de preços dentro da cadeia produtiva do leite. O deputado reclama que, nos períodos de escassez do produto, a indústria e o comércio costumam elevar o preço do leite em mais de 50% para o consumidor, enquanto que o valor pago ao produtor primário não sobe mais do que 10%. Já nos períodos de aumento da oferta, os produtores costumam perder 20% da remuneração enquanto o valor cobrado do consumidor fica quase inalterado. A audiência pública servirá para cobrar explicações de todos os setores envolvidos na cadeia produtiva do setor lácteo e para pedir providências do governo a fim de conter eventuais abusos.
Exportações – Veja as exportações de lácteos em julho de 2009 comparadas com julho de 2008 e junho de 2009. Em seguida, as exportações acumuladas de janeiro a julho de 2009 comparadas com o mesmo período de 2008.
Argentina – A produção de leite na província de Santa Fé (Argentina) cresceu 12,9% nos primeiros quatro meses do ano, passando a representar 41 % de toda a produção do país. A Argentina como um todo cresceu 5,1%. Só em abril a produção de leite em Santa Fé aumentou 13,5% em relação a abril do ano passado. (Punto Biz)
Chile – Nesta segunda feira o presidente da Federaçión Nacional dos Productores de Leche (Fedeleche), Dieter Konow, estará entregando ao governo, fundamentação para o pedido de salvaguardas contra os produtos lácteos argentinos e uruguaios. De acordo com Konow, os produtores não pedem compensações nem vantagens especiais, mas querem igualdade para competir. Os lácteos argentinos recebem subsídios mensais, distorcendo o mercado do leite, e prejudicando a competitividade do produtor chileno, que já perdeu quase um terço do seu faturamento de um ano para cá. (El Mercúrio – Tradução Livre: www.terraviva.com.br)
Negócios
Supermercados/SP – Estimulada pelo aquecimento das vendas do varejo brasileiro após a crise, a Apas (Associação Paulista de Supermercados) reavaliou suas projeções para cima e agora prevê para o setor um crescimento real de 4,5% em 2009. João Sanzovo Neto, presidente da Apas, diz que a previsão pessimista anunciada no início do ano foi influenciada pelo cenário nebuloso trazido pela crise econômica mundial. No acumulado de janeiro a junho, o setor registrou alta de 5,85%, sobre o mesmo período do ano passado. Os novos cálculos são confirmados pelo desempenho dos maiores varejistas do país. No primeiro trimestre de 2009, o Grupo Pão de Açúcar cresceu 8,9%. O Carrefour registrou alta de 4,8%. Entre as categorias de produtos que tiveram destaque nas vendas no período estão bebidas não alcoólicas, higiene e beleza, alimentos congelados, massas e pães industrializados. (Folha de SP)
Rússia – As inscrições para a missão organizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) à Rússia, para promover o agronegócio brasileiro no exterior, terminam hoje, dia 10. O ministério terá um estande na World Food Moscow 2009, disponível para empresas exportadoras brasileiras. A feira, maior evento de alimentos e bebidas da Rússia, será realizada em Moscou, de 15 a 18 de setembro. As empresas inscritas contarão com espaço individualizado, além de participação no catálogo e apoio logístico da organização. As inscrições podem ser feitas pelo o site www.agricultura.gov.br. (Ministério da Agricultura)
Concentração – Hoje no Brasil, as cinco maiores empresas de supermercados têm cerca de 60% do mercado. Esse porcentual é maior do que as cinco maiores redes detêm nos Estados Unidos, onde a concentração está na faixa de 30%. Na Europa, dependendo do país, os cinco maiores supermercados chegam a ter 70% ou mais do mercado. Não é o caso da Itália, onde até alguns anos atrás, havia proteção oficial para o pequeno varejo. (O Estado de SP)
Setoriais
Agricultura Familiar – Com uma produção pontuada por índices gigantes, a agricultura familiar deixou para trás o conceito de subsistência, investiu em tecnologia e agora encara o desafio de trilhar o caminho que leva ao mercado de consumo em grande escala, sem intermediários. Responsável pela produção de 70% dos alimentos da cesta básica do país, o setor ainda vê a comercialização como uma etapa difícil. Para ajudar nessa busca, a 4ª Feira da Agricultura Familiar de Minas Gerais (Agriminas) tem como principal foco este ano a estrutura de escoamento e vendas. (Estado de Minas)
Economia
Alimentos – Os preços dos alimentos caíram em 7 das 11 regiões metropolitanas que entram na pesquisa do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): Salvador (-0,73%); Belém (-0,72%), Porto Alegre (-0,58%), Recife (-0,45%), Belo Horizonte (-0,38%), Rio de Janeiro (-0,29%) e Fortaleza (-0,19%), de acordo com informações do IBGE. A maior alta de alimentos foi em São Paulo, de 0,53%, que teve também a maior taxa regional dentro do IPCA de julho, de 0,57%, com destaque para a alta de 11,75% na energia elétrica. Também houve aumento de preços dos alimentos em Goiânia (+0,34%), Curitiba (+0,31%) e Brasília (+0,11%). ”A alimentação deve continuar caindo em agosto”, afirmou o professor da PUC-Rio Luiz Roberto Cunha, especialista em inflação. Cunha também observou que os serviços estão desacelerando. ”A taxa de Serviços passou de 0,60% em maio para 0,40% em junho e 0,27% em julho”, observou. (Agência Estado)
IPC-S – A inflação mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) foi de 0,36% até a quadrissemana encerrada em 7 de agosto, resultado levemente superior ao apurado no IPC-S anterior, que subiu 0,34% na quadrissemana encerrada em 31 de julho. A informação foi divulgada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo a FGV, houve acelerações de preços em cinco das sete classes de despesa. usadas para cálculo do indicador, no período. É o caso de Habitação (de 0,66% para 0,72%); Alimentação (de 0,18% para 0,21%); Educação, Leitura e Recreação (de 0,06% para 0,12%); Transportes (de 0,21% para 0,30%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,29% para 0,31%). Ainda de acordo com a fundação, as outras duas classes de despesa restantes apresentaram desaceleração ou queda de preços, no mesmo período. É o caso de Vestuário (de 0,43% para 0,06%) e de Despesas Diversas (de 0,11% para -0,02%). (Agência Estado)
Marília/SP – A criação de empregos na região de Marília, um dos maiores polos de alimentos de São Paulo, caiu 59% no 2.º trimestre deste ano, ante o mesmo período de 2008. Segundo dados do Caged, a região criou 4.639 vagas no segundo trimestre de 2009, ante 11.366 no mesmo período de 2008. A queda preocupa o setor de alimentos, que emprega 8 mil pessoas em 250 pequenas e grandes fábricas. “A nossa expectativa era que houvesse uma recuperação em julho, mas ela não vai ocorrer”, afirma Wilson Vidoto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins de Marília e Região. (O Estado de SP)
Globalização e Mercosul
Fraude – A crise global revela mais uma faceta: o aumento no número de fraudes envolvendo empresas importadoras com forte atuação no Brasil. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior apontam que hoje há 400 investigações em andamento envolvendo a entrada ilegal de produtos. Número representa alta de 166,67% ante ao início do segundo semestre de 2008, quando 150 irregularidades eram examinadas. Apenas nos primeiros seis meses deste ano, o valor dos produtos apropriados pela receita no País somou R$ 631,549 milhões, alta de 21,72%. (Diário da Manhã/GO)