Preço Referência – A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou em seu site o Comunicado MOC (Manual de Operações Conab) nº 015. O texto estabelece as regras para financiamento de produtos lácteos, por meio do Empréstimo do Governo Federal (EGF), da safra 2009/2010. Estes preços são importantes para que a indústria possa contratar EGF junto aos bancos.
Audiência Pública – Será aberta, no próximo dia 11 de agosto às 14.30 h, audiência pública no Congresso Nacional, na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados. Um dos Convidados é o Presidente da Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios G-100, Alexandre de Almeida Marques. O Presidente do G-100 disse ao Selectus que pretende falar para os Congressistas sobre a complexidade da cadeia láctea. O setor muitas vezes é atacado quando atravessa momentos conjunturais adversos, mas não se pode esquecer que a cadeia elevou, e muito, sua produtividade, em todos os elos. Começa pelo produtor que investiu e investe em qualidade. Depois a indústria que capta todo o leite produzido no Brasil, diversifica os produtos, investe todos os anos milhões de reais para aumentar sua capacidade de processamento e acompanhar o crescimento da produção. (www.terraviva.com.br)
Consumidor – Desde o plano real que o preço do leite ao consumidor quase não varia, havendo às vezes, alguns soluços conjunturais, sobretudo se o confrontado com itens importantes dos custos de produção. É evidente que o consumidor obteve enormes ganhos com a evolução da cadeia, que trabalha, há anos, em melhorias. Quer seja na qualidade da matéria prima no campo, na capacidade de processamento, distribuição e diversificação de produtos. Com grandes esforços os excedentes começaram a ser exportados. A melhor propaganda é oferecer qualidade, linhas de produtos modernas, atraentes, funcionais e que atendam ao consumidor da melhor forma possível. Ao ser perguntado sobre quem é mais importante: o produtor ou a indústria? Respondo que ambos, mas nosso rei mesmo é o consumidor, a quem devemos repassar, sempre que possível, o maior percentual de produtividade, fazendo com ele possa aumentar o consumo de leite e lácteos, que já está provado: faz bem para a saúde de todos nós. (www.terraviva.com.br)
CCPL – Fechada e abandonada há 12 anos, a antiga unidade de processamento de leite da Cooperativa Central dos Produtores de Leite (CCPL), instalada em Viana, está sendo negociada com empresas de São Paulo e Mato Grosso. O secretário de Planejamento de Viana, Carlos Lopes diz que a negociação com o atual controlador do imóvel da CCPL ainda está no início. A fábrica de laticínios hoje pertence à Cooperativa Central de Laticínios do Estado de São Paulo (CCL). A venda vem sendo negociada pela Sanremo do Mato Grosso, e pela paulista Promilat, que pertence ao grupo que controla a rede de lanchonetes de comida árabe Habib’s. Ele explicou que, no caso da Promilat, o objetivo de reativar a ex-unidade da CCPL seria apenas para fornecer leite e derivados para a rede de lanchonetes Habib’s. Lopes disse que a empresa Sanremo, porém, tem planos de comercializar leite e derivados que produzir na fábrica de Viana. (Gazeta Online)
Queijo/MG – A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e a prefeitura de São Roque de Minas firmam, nesta sexta-feira (7), convênio para a construção de uma Unidade de Processamento de Queijo Minas Artesanal naquele município, localizado na Serra da Canastra (Sul de Minas). A assinatura do acordo será às 15h, na Associação Comunitária de São José do Barreiro. A agroindústria será construída com recursos do programa Minas Sem Fome, do Governo de Minas, e vai beneficiar 15 famílias. São Roque de Minas é conhecido como “a terra do queijo”, pois o produto sustenta a economia local há mais de um século. Na região, são produzidos vários tipos de queijo e o mais famoso é o minas artesanal. A construção da Unidade de Processamento de Queijo Minas Artesanal na Comunidade São José do Barreiro vai permitir a fabricação de um alimento de qualidade e com segurança alimentar. (Governo de Minas)
Argentin – O governo oficializou os subsídios aos produtores de leite, publicando no Diário Oficial a Resolução 513/09. O valor complementar passará de 0,10 para 0,20 pesos por litro de leite, para aqueles produtores que produzem até 12 mil litros por dia. O valor será pago por cinco meses e incidirá sobre três mil litros de leite. A resolução informa que “serão beneficiados os produtores associados às entidades que firmaram o acordo de 30 de julho de 2009”, e dá o prazo de 30 dias, para se filiarem, aqueles que não estejam dentro do sistema. (Âmbito.com)
Oceania – Esse inverno seco na Oceania está chegando ao fim. O fenômeno El Niño previsto pela meteorologia promete uma primavera de altas temperaturas e baixa umidade, que prejudicam as pastagens. A produção de leite terá que contar com o custo adicional de suplementação de alimentos para o rebanho. Mas as projeções indicam que a produção na Nova Zelândia deve crescer entre 3 e 4%, e na Austrália não deve ser superior a 1%, em relação à última temporada. Na Austrália, a produção de junho caiu 2,9% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os preços das commodities continuam estáveis, mas houve uma grata surpresa na 14º rodada de negociações do Leilão da Fonterra. Analistas viram com otimismo a mudança da política americana com relação ao preço do leite em pó desnatado, que deu oportunidade à Oceania de ajustar os preços. Veja abaixo a tabela e CLIQUE AQUI para ver o gráfico. (Usda)
Ranking Global – Pela primeira vez, uma empresa chinesa apareceu no Global Dairy Top-20, ranking mundial das indústrias de laticínios editado pelo Rabobank. No ano passado, o escândalo da melamina diminuiu o forte crescimento dos últimos anos da Mengniu, mas a gigante chinesa já entrou no Top-20, e não deverá demorar para aparecer entre as 10 primeiras. De acordo com o analista Mark Voorbergen a parte inferior do ranking é a mais dinâmica. Em 2009 a operação mais curiosa foi a aquisição da multinacional europeia de bebidas de soja Alpro, pela americana Dean Foods, especialista em leite fluido. A operação não afetou a posição do Dean no top-20 uma vez que esta classificação se concentra na venda de produtos lácteos. No entanto, a Dean Foods volta à paisagem europeia, após tentativas frustradas na Espanha no início da década. (Rabobank)
Consolidações – Outra novidade para a próxima edição é a posição da alemã Nordmilch, que deverá ficar entre as 10 primeiras, se for concluída a fusão com a Humanas Milchunion, fazendo jus à participação alemã no mercado mundial de lácteos. A Lactalis consolida sua posição com aquisições feitas na França, Croácia, Suíça, Polônia e Romênia. A Arla Foods firmou-se na Holanda ao adquirir a fábrica de Nijkerk da Friesland Foods e ampliou seu raio de ação ao realizar aquisições e alianças na Escandinávia e na França. A canadense Saputo comprou os laticínios Alto e F & A da Califórnia, além da americana Neilson Lácteos no Canadá. (Rabobank)
Negócios
Nestlé – A Nestlé Brasil anuncia investimentos na ampliação da unidade de Araraquara (SP) para a produção de leite longa vida das marcas Ninho e Molico. A fábrica, com mais de 60 anos, foi a primeira a produzir no País o leite condensado Moça. O anúncio será feito pelo presidente da companhia no Brasil, Ivan Zurita, ao prefeito da cidade, Marcelo Barbieri (PMDB). Detalhes, como o valor do investimento, não foram revelados. A ampliação da produção na fábrica, a qual a Nestlé chegou a pensar em desativar, deve fazer com que Araraquara e cidades no entorno retomem o status de polo leiteiro paulista, perdido após o avanço da laranja, da cana e a consequente redução do rebanho. A Nestlé espera produzir o leite longa vida na unidade ainda este ano, com um volume ainda pequeno, pois dependerá de um fornecimento ainda restrito da matéria-prima. (Agência Estado)
Barista – Programa de barista tem hora e local marcado: 21h da última quinta-feira do mês, em uma das unidades do Suplicy Café. O que os especialistas em tirar expresso fazem nesse dia? Café. Mais exatamente um campeonato aberto de café. O evento tem atraído baristas e amantes da bebida. Há poucas regras, basta pagar a inscrição (R$ 10) e esperar a montagem das chaves. No mata-mata, as duplas vão se enfrentando. Os competidores apenas “rodam o leite”. Ou seja, espumam o leite na saída de ar da máquina. E fazem “latte arte” (desenhos no leite) na munheca. Três jurados apontam o melhor desenho. A avaliação inclui simetria e complexidade. Muitas cervejas e cafés depois, o vencedor raspa o tacho de inscrições. Na semana passada a prova teve 19 participantes e o vencedor foi Bruno Silva, barista do Suplicy. Fez uma tulipa e levou R$ 340. (Paladar)
Uberaba – Fazer da cadeia produtiva de leite um segmento ainda mais forte em Uberaba é um dos objetivos do Programa de Desenvolvimento Regional Sustentável que conta com a parceria da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Sagri), Banco do Brasil, Copervale, Certrim, Emater, Sindicato Rural e Epamig. Pensando nisso é que estas entidades elegeram o segmento como prioridade para a atuação do grupo junto ao Banco do Brasil para a obtenção de recursos e em condições facilitadas. De acordo com o titular da Sagri, José Humberto Guimarães, o que se espera é que os produtores de leite do município melhorem sua eficiência produtiva. “A nossa atenção especial para o setor leiteiro se justifica principalmente visto que o município tem expressão nacional: é o 10º produtor de leite no país, mas precisa ser mais eficiente com a agregação de valores ao produto, seja através de mais fábricas de doces, mais queijarias artesanais e maior participação dos laticínios locais, por exemplo, na aquisição do leite aqui produzido”, ressalta. (Jornal de Uberaba/MG)
Setoriais
Safra – Baseado na análise de investimentos feitos pelo setor e na movimentação de fertilizantes e sementes, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, projetou aumento de 9% na produção da safra 2009/2010. Segundo ele, a produtividade deverá ter ganho de 3% e haverá ligeiro crescimento na área de plantio, previsto em 5%. O ministro espera, assim, compensar as perdas ocorridas neste ano em função do clima, principalmente pela seca na região Sul. ‘No ano que vem, esperamos por aumento na área plantada de soja e recuo na de milho. Em relação ao milho, vale lembrar que, este ano, a safrinha acabou surpreendendo com duas toneladas a mais do que o previsto’, destacou. Porém, ele disse que a situação é preocupante, mesmo com grande estoque de passagem e produção recorde do cereal. (Correio do Povo/RS)
Soja – A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) reduziu em 100 mil toneladas sua estimativa para a produção de soja na safra comercial 2009-2010 das indústrias, o que equivale ao ano safra 2008-2009 para os produtores. No relatório de julho, a entidade previa uma produção de 57,4 milhões de mil toneladas. Na previsão divulgada nesta quinta, dia 6, a Abiove estima uma colheita de 57,3 milhões de toneladas, redução de 0,17%. Apesar da queda na oferta, a estimativa de exportação foi elevada em 5,65%, para 26,2 milhões de toneladas, principalmente devido aos problemas climáticos na Argentina, que abriram espaço para o aumento da fatia brasileira no mercado internacional. (Canal Rural)
Economia
IPCA – O arrefecimento da alta dos preços do leite e seus derivados ajudou a inflação de julho desacelerar em ritmo um pouco mais forte do que o esperado pelo mercado. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,24 por cento, menor leitura desde março, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. Os preços dos alimentos tiveram queda de 0,06 por cento, após subirem 0,70 por cento em junho. O leite pasteurizado teve alta de 4,02 por cento em julho, bem abaixo da elevação de 12,10 por cento em junho. A alta do queijo diminuiu de 1,72 por cento em junho para 0,86 por cento em julho e a do leite em pó passou de 1,48 para 0,33 por cento. Outros produtos alimentícios que tiveram alta menor e contribuíram para a desaceleração da inflação foram açúcar cristal e pão francês. (Reuters)
Indústria – O faturamento da indústria voltou a cair em junho, se comparado ao mesmo período de 2008. A retração no período, conforme a Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi de 5,8%. Em relação ao mês anterior, contudo, houve alta de 1,6%. Mesmo com o resultado, a CNI acredita em recuperação lenta, após a queda no fim de 2008 devido à crise. A indústria trabalhou em junho com 79,3% da capacidade, contra 79,8% registrados em maio. O indicador está abaixo dos patamares recordes apurados em 2008 antes da crise. Em março do ano passado, por exemplo, a indústria operava com 83% da capacidade. No RS, os números animam o setor. Em junho, a indústria subiu 3,1% ante maio, descontados efeitos sazonais. O mesmo ocorreu em maio na comparação com abril, ao subir 0,5%. (Correio do Povo/RS)
Classe – Vai ter muita tese por aí, nos próximos anos, sobre o poder da nova classe social que emerge no Brasil. Ávidos consumidores, as mulheres e os homens das classes C, D e E gastam integralmente o que ganham. Representam 31 milhões de lares, nada menos que 72 de cada cem domicílios urbanos. Juntos, têm capacidade estimada de compra de meio trilhão de reais por ano, o equivalente a 87% da população brasileira com renda mensal familiar de até R$ 3,5 mil. É muito mais do que dispõem isoladamente a classe A (R$ 212,8 bilhões) e a classe B (R$ 301,5 bilhões), segundo estudos da Target Marketing. (Zero Hora/RS)
Globalização e Mercosul
Costco – O supermercado atacadista americano Costco revelou que as vendas nas lojas em funcionamento há pelo menos um ano recuaram 7% em julho, ante o mesmo mês do ano anterior, afetadas principalmente pela alta do dólar. O resultado veio pior do que o declínio de 6,7% esperado pelos analistas. Em junho, a companhia havia verificado queda de 6% nas vendas por esse critério. A receita com as operações nos Estados Unidos recuaram 8%, enquanto nas divisões internacionais a queda foi de 5%. Segundo os dados divulgados pela companhia, as vendas totais líquidas no mês – incluindo lojas em operação há menos de um ano – somaram US$ 5,41 bilhões, patamar 5% abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado. (Valor Online)
Impostos/AR – A presidente da Argentina, Cristina Fernandez, enfrenta seu primeiro teste desde que perdeu o controle sobre o Congresso nas eleições legislativas. Deputados e senadores tentam limitar o poder dela na cobrança de impostos sobre as exportações agrícolas, uma fonte crucial de receita estatal. A Câmara dos Deputados deve abrir o debate já na semana que vem sobre se renova os poderes especiais que permitem à presidente cobrar impostos sobre as exportações sem a aprovação do Congresso. A questão é delicada. Os impostos que incidem sobre as exportações de soja, principal fonte de moeda estrangeira da Argentina, estão no centro de uma longa disputa política entre o governo e os produtores, provocando meses de greve e instabilidade política. Os fazendeiros dizem que os impostos sobre um dos principais produtores agrícolas do mundo estão inibindo a produção. (Reuters)
