Orgânicos – Está mais fácil pôr na mesa pães, verduras, sucos, laticínios, grãos, carnes e até vinhos, nacionais, orgânicos e de qualidade. A oferta de alimentos cultivados sem defensivos agrícolas já dá conta de uma refeição completa, incluindo o cafezinho. Outra boa notícia é que esses produtos deixaram de ser feinhos, murchinhos – você pode até encontrar alguns menos vistosos, mas não há motivo para deixar de comprá-los. Feiura deixou de ser sinônimo de orgânico. Já estão à venda leites integrais e desnatados e queijos, produzidos com leite de vacas criadas soltas, alimentadas no pasto livres de aditivos. O leite integral orgânico é muito cremoso, cheio de nata. (O Estado de SP)
Leite/UE – A Comissão Europeia divulgou ontem uma série de propostas para apoiar a indústria de laticínios do bloco, que enfrenta uma forte queda de preços. Mas o braço executivo da União Europeia se recusou a reduzir as cotas de produção de leite dos países-membros. Enquanto produtores de leite protestavam nas proximidades da sede da UE, em Bruxelas, o comitê executivo anunciou o pagamento antecipado da ajuda ao setor. Os governos dos países-membros poderão pagar até 70% da ajuda direta aos produtores a partir de 15 de outubro em vez de 1º de dezembro. Também poderão fazer empréstimos extras, de até € 15 mil por produtor, para apoiar os que enfrentam problemas de liquidez. (Bloomberg)
Operação – Quase um ano e meio depois do início das investigações, o Ministério Público Federal em Rondônia deu como encerrada sua tarefa na chamada “Operação Abate”, tornada pública no mês passado com denúncias de crimes como lavagem de dinheiro, corrupção, formação de quadrilha e sonegação de impostos. Entre os desdobramentos da investigação, realizada em conjunto entre o MPF e a Polícia Federal, está uma ação de improbidade administrativa contra mais de 20 pessoas e empresas que pede o pagamento de R$ 5 milhões à União “pelos danos morais coletivos decorrentes das condutas ilícitas”. Também existem evidências de que mais empresas foram envolvidas nos crimes. No total, foram arrolados cinco frigoríficos, um laticínio, um curtume, dez empresários e funcionários das indústrias, segundo o MPF no Estado. (Valor Econômico)
Critérios – Requisitos e critérios específicos para funcionamento dos Laboratórios de Análises de Resíduos e Contaminantes em Alimentos foram publicados, na quarta-feira (22), no Diário Oficial da União, por meio da Instrução Normativa nº 24. Esses locais de análises fazem parte da Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários e atendem às demandas do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC), das áreas animal e vegetal, e das demais análises de rotina, solicitadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), provenientes da fiscalização ou inspeção do controle de resíduos e contaminantes. (Ministério da Agricultura)
Protestos/AR – Diante dos portões da fábrica de “La Serenísima” em Varillas, cerca de 300 produtores de leite impediam ontem, a circulação dos 40 caminhões responsáveis pela entrada de leite e saída de produtos da indústria. Desafiando um frio de 5 graus, esses produtores pediram às entidades de classe presentes ao protesto, que estudem a modalidade e a extensão de um protesto nacional. Os produtores propunham uma greve geral de dez dias. As principais reivindicações são: auxílio de 0,30 pesos por litro de leite a todos os produtores, empréstimos sem juros e transparência nas margens da cadeia láctea. (La Nación)
Negócios
Conab – A Conab assina com a Cooperativa de Comercialização e Reforma Agrária Avante (Coana), em Querência do Norte/PR, na próxima sexta-feira (24), contrato para compra de 622 toneladas de arroz beneficiado, no valor de R$ 900 mil. Na ocasião, será também negociada a compra de 316 toneladas de produtos lácteos, cujo montante deve chegar a R$ 1 milhão. A ação é do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), da Agricultura Familiar, que utiliza os mecanismos de Compra Direta e Compra Direta com Doação Simultânea. Os produtos serão doados a comunidades carentes e acampados dos municípios paranaenses de Loanda, Paranavaí, Santa Izabel do Ivaí e Querência do Norte, além de outros estados. (Conab)
Rússia – Segundo o Planet Retail, o governo russo aprovou uma lei que proíbe os varejistas de abrirem novas lojas em grandes cidades, como Moscou e S. Petersburgo, caso detenham 25% ou mais da cota de mercado. Outro artigo acrescentado à lei é limitar também o crescimento de lojas pelas redes que tenham volumes de negócios acima de um bilhão de rublos, cerca de 22,5 milhões de euros. (Hipersuper)
Setoriais
Plano Safra – O governo lançou nesta quarta-feira (22), em São Paulo, o Plano Safra da Agricultura Familiar 2009/2010 com volume de R$ 15 bilhões para investimento, operações de custeio e comercialização. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da cerimônia, realizada no Museu da República. De acordo com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, o dinheiro já está disponível nos bancos públicos para empréstimo desde o dia 2 de julho. O plano beneficiará 4,1 milhões de famílias de pequenos agricultores. (Correio da Bahia)
Soja – As vendas antecipadas de soja referente à safra 09/10 continuam estancadas e não chegam a 5% em Mato Grosso. No ano passado, neste mesmo período, o valor negociado alcançava 23%, segundo informações do Instituto Mato-grossense de Economia Aplicada (Imea). É a pior previsão para comercialização do grão verde dos últimos anos. (Diário de Cuiabá)
Preservação – Os ministérios do Meio Ambiente e de Desenvolvimento Agrário anunciaram ontem um acordo que irá reduzir a área de preservação ambiental em propriedades de agricultura familiar, que têm de 40 a 400 hectares. A agricultura familiar abrange 80% dos produtores rurais e 20% da área agricultável do Brasil. Hoje, todas as propriedades têm que conservar áreas como topos de morro e margens de rio e, além disso, ter uma reserva legal que varia de 20% a 80%, dependendo da região. (Folha de SP)
Stoller – A Stoller do Brasil acaba de lançar um inoculante para as culturas de arroz e milho. Segundo pesquisas, o produto aumenta a produtividade e reduz os custos, além de não agredir o ambiente, como pode ocorrer com fertilizantes nitrogenados. A dose custa em média R$ 12. (Folha de SP)
Milho – Um total de 102 mil toneladas de milho será a carga disponibilizada pela Conab no Rio Grande do Sul, para venda aos agricultores familiares atingidos pela seca. O produto será comercializado, a partir da próxima semana, ao preço mínimo de R$ 16,50 a saca de 60 Kg e atenderá cerca de 17 mil agricultores. Para comprar o milho, o agricultor deve participar do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e em municípios que decretaram situação de emergência entre março e abril deste ano. A operação foi negociada em reunião, na última terça-feira (21), entre o superintendente da Conab no Rio Grande do Sul, Carlos Manoel Farias, e representantes de federações e movimentos sociais. (Conab)
Economia
Confiança – Os consumidores estão mais otimistas, constatou a Fundação Getulio Vargas (FGV) em pesquisa divulgada nesta quinta-feira. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) saiu de 108,4 pontos em junho para 111,4, uma alta de 2,8%, praticamente retornando ao nível de setembro do ano passado, de 111,7 pontos. Os dados respeitam ajuste sazonal. “As expectativas em relação à situação financeira da família nos próximos seis meses foi o quesito que mais contribuiu para a elevação do ICC neste mês”, destacou a FGV em comunicado. “A avaliação feita em julho pelos consumidores em relação à situação econômica local presente foi a mais favorável desde setembro de 2008”, sublinhou a FGV. O ICC é composto por cinco quesitos contidos na Sondagem de Expectativas do Consumidor, realizada com base numa amostra de mais de 2 mil domicílios em sete das principais capitais brasileiras. (Valor Online)
IPC-S – O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) subiu 0,34% na terceira prévia de julho, com preços coletados até ontem, e registrou uma inflação 0,03 ponto porcentual inferior à apurada na segunda prévia, que havia registrado alta de 0,37%. A informação foi divulgada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Só dois grupos tiveram desaceleração de preços em relação ao IPC-S anterior. Alimentação, que havia aumentado 0,73% no índice da semana passada e no desta semana avançou 0,45%, e Vestuário, cuja variação passou de 0,42% para 0,33% na terceira prévia. A FGV destacou o subgrupo Hortaliças e Legumes, inserido no grupo Alimentação, que ampliou a deflação de -0,76% para -3,12%. (Agência Estado)
Juros – O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) anunciou ontem a quinta redução consecutiva na taxa básica de juros. A taxa Selic caiu 0,50 ponto percentual, de 9,25% ao ano para 8,75% ao ano. O ritmo de corte foi, no entanto, menor que o verificado nas reuniões anteriores do BC. Desde janeiro, foram feitos três cortes de 1 ponto percentual e um de 1,5 ponto. (Diário da Manhã/GO)
Desemprego – A taxa de desemprego nacional, apurada nas seis maiores regiões metropolitanas, caiu para 8,1% da população economicamente ativa (PEA) em junho, depois de ficar em 8,8% um mês antes. O nível de desocupação ficou próximo daquele de junho de 2008, de 7,9%, observou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em nota em sua página eletrônica. (Valor Online)
Globalização e Mercosul
Investimentos – Multinacionais apontam o Brasil como o 4º destino preferido para investimentos nos próximos dois anos, segundo uma pesquisa da Conferência das Nações Unidas (ONU) para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad). A entidade apurou que haverá queda de 50% no fluxo de investimentos no mundo em 2009, leve retomada em 2010 e recuperação “substancial” em 2011. Brasil, Rússia, Índia e China ocupam quatro dos cinco primeiros lugares. Das 240 multinacionais ouvidas, 50% planejam investir em 2011 mais do que investiram em 2008, retomando o processo de internacionalização. Crescerá o papel dos países emergentes, mas os países ricos continuarão a atrair investimentos. A liderança na preferência das múltis é a China, seguida pelos Estados Unidos. A 3ª posição é da Índia. O Brasil passou da 5ª posição em 2008 para a 4ª, este ano, decorrente da queda da atratividade da Rússia, que caiu para a 5ª posição. (Agência Estado)
Mercosul – Os governos brasileiro e argentino tentam hoje, na reunião de cúpula do Mercosul, aumentar a tarifa externa comum (TEC) para leite em pó e produtos têxteis, mas a mudança enfrenta forte resistência de Uruguai e Paraguai. Os países discutem elevar a tarifa comum de têxteis de 14% a 16% para 18%, e a de leite em pó de 16% para 28%. O Brasil já cobra 27% na importação de leite em pó e até 35% para têxteis, mas de forma excepcional na lista de exceções à tarifa externa comum. A mudança consolida as tarifas mais altas praticadas pelo Brasil e abre espaço na lista de exceções para outros produtos, que poderão ter tarifa reduzida ou aumentada pelo país. (Valor Econômico)
Paraguai – Um organismo empresarial paraguaio pediu ao Senado para rejeitar a adesão plena da Venezuela ao Mercosul, porque o presidente desse país, Hugo Chávez, “não comunga com as aspirações, o sistema político e econômico” do bloco, disseram hoje fontes desse setor. O presidente da Câmara Nacional de Comércio e Serviços do Paraguai (CNCSP), Domingo Daher, fez ontem a solicitação em carta entregue ao titular do Senado e do Congresso, Miguel Carrizosa, três dias antes da cúpula semestral do Mercosul, que será realizada no Paraguai. (EFE)
Argentina – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) recomendou ontem que o governo brasileiro faça uma contestação formal contra a Argentina na Organização Mundial do Comércio (OMC). O motivo é o sistema de licença não automática para liberação de exportações que chegam ao país vizinho. A medida era aplicada sobre 3,7% das exportações tradicionais do Brasil para aquele país, em 2004, e atualmente a prática atinge 13,5% do total de nossas vendas. Há denúncias por parte dos exportadores brasileiros da adoção dessa barreira, com a liberação do desembarque de produtos ocorrendo em prazos maiores do que a OMC recomenda. Com isso, os produtos chineses têm conseguido melhores condições para ganhar espaço no comércio argentino, em detrimento da produção brasileira, de acordo com queixa da CNI. (Agência Brasil)
China – A China deve superar a Alemanha ainda este ano como o maior exportador mundial, segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC). Para o organismo, a China dá sinais de que vão liderar a recuperação global. Mas a OMC alerta que o “o pior” em termos de protecionismo no comércio ainda está por vir, com o aumento de medidas de proteção de indústrias locais, como antidumping, salvaguardas, medidas compensatórias e alta de tarifas, o que pode retardar a recuperação global. (Valor Econômico)
EUA – O mercado de trabalho dos Estados Unidos está ainda pior que a da economia do país, o que gera temor dentro e fora do governo de que o desemprego maior do que se esperava pode persistir mesmo quando a recessão terminar. Num desafio aos padrões históricos, o índice de desemprego – atualmente em 9,5% – está 1 a 1,5 ponto porcentual maior do que se esperava grosso modo, calcula Lawrence Summers, o principal assessor econômico do presidente Barack Obama. Desde que a recessão começou, em dezembro de 2007, a economia perdeu mais de 6,5 milhões de empregos, ou 4,7% do total de vagas. O desemprego aumentou cinco pontos percentuais, enquanto que a economia contraiu-se cerca de 2,5%. (Valor Econômico)