Balde Cheio – O negócio do seu Antônio Balzan, de São Lourenço do Oeste, em Santa Catarina, é leite. É um negócio que sempre sofreu os altos e baixos dos preços, das entressafras, da concorrência com o produto importado. Quem é retireiro conhece bem essa história. Mas as coisas mudaram para o seu Antônio e estão mudando para milhares de outros produtores de leite. E pode mudar para muito mais gente. Com a mesma propriedade, com o mesmo número de vacas, mas com muitas providências novas; o Programa Balde Cheio está conseguindo triplicar a produção do seu Antônio. O programa é coordenado pela Embrapa e conta com a ajuda de extensionistas e comunidades. (Globo Rural)
Ranking – Os produtores argentinos são os mais mal pagos do mundo, de acordo com um boletim da DeLaval. O estudo com o ranking dos principais 20 países produtores de leite. Nos últimos doze meses, os produtores argentinos receberam em média, 0,19 euros pelo litro de leite, um centavo apenas acima dos neozelandeses, com quem dividem os últimos lugares. Mas, hoje, já recebem 20% menos que os produtores da Nova Zelândia, transformando o produtor Argentino no mais mal pago do mundo. A Finlândia foi o país que melhor remunerou os produtores, 0,45 euros o litro. Depois estão os países da Europa que ficaram com um preço médio de 0,33 euros por litro. (La Nación)
Produção/AR – De acordo com Eduardo Buzzi, da Federação Agrária Argentina (FAA), a Argentina deverá importar carne em 2010 e leite em 2011. Em 2003 existiam 16.000 propriedades produtoras de leite, hoje são apenas 10.000. Tem dois anos que a Argentina produz 10 bilhões de litros anuais, dos quais 8,5 bilhões são para o mercado interno. Os analistas alertam que o consumo de lácteos está acompanhando o crescimento, mas uma vez superada a recessão, o abastecimento deverá ficar comprometido. A intervenção governamental marcou o início do declínio do setor. Quando os preços internacionais estavam bons, o governo estabeleceu um preço de exportação para a indústria, e o que passasse seria imposto. Assim, em decorrência da forte seca, e das políticas oficiais desfavoráveis, a produção não abastecerá a mesa dos argentinos no médio prazo, e não haverá novilhos para abate, já no ano que vem. (El Diário do Paraná)
Preços/UE – Preços/UE – Segundo dados da Comissão Europeia (CE), o preço médio atual dos produtos lácteos na União Européia, queijos, manteiga e leite em pó, situam-se em torno de 200 e 250 euros a tonelada, quase a metade de dois anos atrás. Em julho de 2007 estavam em 400 euros. Tomando-se o exemplo do queijo, cotado agora em julho a 250 euros a tonelada, um ano atrás eram 400 euros, e em 2007 460 euros. (Frisona)
Negócios
Parmalat – A Parmalat Brasil, que arrendou a sua maior fábrica em Carazinho (RS) para a Nestlé por 35 anos, com opção de compra, informou na sexta-feira que sua estratégia atual é concentrar a produção na região Sudeste do país, onde está cerca de 80% do seu mercado consumidor, afirmou em comunicado. A concentração da produção “permite que a empresa estabeleça uma logística mais racional, com uma substancial redução no custo do frete no transporte de leite e seus derivados”, disse a empresa. (Valor Econômico)
Uruguai – As chancelarias de Montevidéu e Brasília negociam formas de destravar a entrada de laticínios de empresas uruguaias no Brasil, segundo informou o ministro da Pecuária do Uruguai, Ernesto Agazzi. Por sua vez, o ministro da Economia do Uruguai, Álvaro García, comentou que “foram se destravando parcialmente algumas vendas, apesar de a situação ainda ser muito preocupante”. (Folha de SP)
Setoriais
Búfalos – O maior rebanho de búfalos das Américas é brasileiro. Procedentes da Índia e Itália. São cerca de três milhões de animais, com 30% das criações destinadas à atividade leiteira. A região norte possui 50%, a nordeste 14%, a sudeste 15%, a sul 9% e a centro-oeste 12%. Os búfalos são animais rústicos, resistentes, de manejo simples e custo de produção mais baixo em relação aos bovinos, garantindo rentabilidade financeira. Em Minas Gerais são aproximadamente 250 criadores com 100 mil cabeças. Estima-se um crescimento de 20% por ano em razão da existência de laticínios que processam o leite de búfala. Saudável e saboroso, principalmente na forma de mozzarella de búfala, o leite de búfala apresenta 59% mais cálcio do que o leite de vaca. Embora sua comercialização em líquido não seja comum, seus derivados, Ricota, Coalho, Burrata, Manteiga ou Frescal, estão nos melhores mercados e supermercados do Brasil. (Nordeste Rural)
Selo – A Associação Brasileira de Criadores de Búfalo, a ABCB, orienta o consumidor que, ao procurar pelos produtos derivados de leite de búfalas em supermercados e padarias, optem por embalagens que destaquem o Selo de Pureza 100% Búfalo, pois isso garante que o queijo é feito apenas de leite de búfalas – sem produtos químicos branqueadores ou misturas – mantendo as propriedades nutricionais do alimento. (Maxpress.net)
Encontro – Em agosto, criadores de búfalos do Brasil, da Argentina, da Colômbia, da Venezuela, da Índia, da Itália, da Tailândia e do Siri Lanka farão a exposição de temas sobre nutrição e alimentação, inovações tecnológicas na reprodução e genética, bem estar dos animais e desafios na bubalinocultura, no V Simpósio de Búfalos das Américas e IV Simpósio de Búfalos da Europa e Américas. Os eventos serão realizados entre 12 e 14 de agosto no auditório do Lanagro – Laboratório Nacional Agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, em Pedro Leopoldo/MG. (Nordeste Rural)
Grãos/AR – As exportações agrícolas da Argentina vão registrar uma baixa recorde, abrindo oportunidades para os países vizinhos do Mercosul, na avaliação da Agência das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) em novo relatório sobre a situação global das colheitas. A expectativa é de que as exportações de cereais na Argentina se limitarão a 12 milhões de toneladas no período de julho 2009 a junho de 2010, comparado à média de quase 20 milhoes de toneladas dos grãos dos ultimos cinco anos. (Valor Econômico)
Máquinas – O déficit da balança comercial de máquinas e equipamentos mecânicos em maio foi de US$ 888,40 milhões, 1,6% maior do que no mesmo mês de 2008. No acumulado dos cinco primeiros meses, o déficit foi 32,3% superior ao do mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq).(Valor Econômico)
Milho – As quedas recentes do preço do milho no mercado internacional estimularam a demanda dos consumidores, que foram às compras e puxaram a alta da cotação do grão na sexta-feira. Na bolsa de Chicago, os contratos com vencimento em dezembro fecharam em alta de 6,25 centavos de dólar, a US$ 3,3150 por bushel. Puxado pelas boas condições climáticas nas lavouras do Meio-Oeste americano, o milho caiu, de forma consecutiva, nas últimas seis semanas. (Valor Econômico)
Soja – Produtores de soja de Mato Grosso já estão comprando o adubo e o agrotóxico para a próxima safra. Os preços caíram e esse é um bom momento para fechar negócio. O plantio começa só em outubro, mas o solo já está preparado. Não é apenas a terra que está pronta na fazenda do agricultor Adelmo Zuanazi, em Sinop, norte de Mato Grosso. Ele já comprou todos os insumos para fazer o plantio dos 1,6 mil hectares de soja. (Globo Rural)
Soja/AR – A indústria processadora de soja na Argentina, considerada a mais competitiva do mundo, terá um ano difícil. Dirigentes do setor, não descartam a possibilidade de paralisação das atividades nos últimos dois meses do ano, devido à escassez de matéria prima. A baixa oferta de grãos é preocupante. E, à queda da produção, a mais baixa dos últimos cinco anos, soma-se os problemas gerados com a decisão do governo de suspender o regime de compra temporária do grão, que permitia à indústria importar o grão com tributação diferenciada. (La Voz)
Economia
Otimismo – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (20) que o governo trabalha com a hipótese de que o Brasil iniciará o ano de 2010 em uma situação “altamente confortável, produzindo bem e vendendo bem”. Em seu programa semanal de rádio Café com o Presidente, ele avaliou que o país vive “um momento importante” na economia, mas que é preciso “cautela”, uma vez que a crise financeira internacional ainda persiste nos Estados Unidos e na União Europeia. (Agência Brasil)
Déficit – A crise acentuou o déficit comercial da indústria de transformação, setor cuja deterioração da balança comercial começou no ano passado, quando o mercado interno impulsionou as importações e o dólar desvalorizado deixou as exportações menos atraentes. De acordo com dados da Secretaria de Desenvolvimento da Produção (SDP), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, de janeiro a junho deste ano o setor ficou com saldo negativo de US$ 6,07 bilhões, maior que o déficit de US$ 5,13 bilhões no primeiro semestre de 2008, quando a balança da indústria de transformação passou a apresentar um movimento de reversão, depois de seis anos seguidos de superávits. (Valor Econômico)
Juros – Os economistas do mercado financeiro mantiveram, em sua maioria, a previsão de que Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduza nesta semana os juros básicos da economia brasileira dos atuais 9,25% para 8,75% ao ano, informou a autoridade monetária nesta segunda-feira (20) por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus.(G1)
Crédito – Dos R$ 65 bilhões programados para o crédito rural da agricultura comercial na safra 2008/2009 foram aplicados R$ 64,9 bilhões, o que corresponde a 99,9% do total. A informação foi repassada pelo Ministério da Agricultura. “Lembremos que esse desempenho foi alcançado em plena crise financeira mundial, agravada em setembro”, destaca o diretor do Departamento de Economia Agrícola (Deagri), Wilson Araújo, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). (Faeg)
Globalização e Mercosul
EUA – O governo dos Estados Unidos afirmou que vai intensificar a pressão sobre os países que não respeitam os acordos comerciais com a maior economia global. A promessa visa abrir mercado para os produtos americanos neste período de crise na economia mundial, em que consumidores e empresas estão reduzindo suas compras. Para isso, promete combater as barreiras sanitárias impostas aos produtos agropecuários dos Estados Unidos no mercado externo. Também afirma que vai “cuidar imediatamente” de barreiras como normas técnicas que impedem a entrada dos itens americanos. (Folha de SP)
Mercosul – Haverá acanhadas novidades na reunião do Mercosul, no fim desta semana. Uma delas é um arranjo bilateral: finalmente, será formalizado o chamado “swap” de moedas entre Brasil e Argentina, pelo qual os dois países poderão trocar entre si o equivalente a US$ 1,5 bilhão, mas em moedas locais, pesos por reais e vice-versa. O anúncio seria feito antes das eleições parlamentares argentinas, no começo do mês, mas o governo argentino preferiu esperar, por medo da repercussão de uma entrevista aos jornais locais, do assessor presidencial brasileiro Marco Aurélio Garcia, anunciando que a operação chegaria a US$ 5 bilhões. (Valor Econômico)
Agropecuária BR – “Conseguimos sensibilizar um grupo importante de diplomatas brasileiros para a causa da agropecuária nacional. Eles adquiriram muito mais conhecimento e segurança para tratar de assuntos relacionados ao tema nos outros países”, considerou o diretor do Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio, Eduardo Sampaio, durante encerramento do Programa de Imersão no Agronegócio Brasileiro, que aconteceu sexta-feira (17), em Brasília. (Ministério da Agricultura)
Alimentos – Os preços dos alimentos continuam elevados nos países em desenvolvimentos, apesar da forte queda a nível internacional, alertou a Organização para a Agricultura e a Alimentação das Nações Unidas (FAO) no último relatório sobre as perspectivas de colheitas e situação alimentar. “A situação da alta dos preços dos alimentos continuam a gerar preocupação sobre a segurança alimentar da população vulnerável, tanto no meio urbano como no rural, já que estes grupos dedicam uma parte importante do seu orçamento a comprar alimentos”, indica o relatório da FAO. Em diversos países, os preços superam os níveis já altos de há um ano, criando dificuldade a milhões e pessoas. Na África Subsariana, por exemplo, entre 80 e 90% de todos os preços dos cereais examinados pela FAO em 27 países permanecem 25% acima dos preços praticados antes do início da crise e da alta de preços das matérias-primas. Na Ásia e América Latina, os preços controlados em 31 países indicam que entre 40 a 80% dos valores permanecem igualmente acima dos 25% comparando com o período pré-crise. (Hipersuper)
Investimentos – O Brasil foi o segundo favorito para os investimentos chilenos em 2008, depois da Argentina. Segundo números extra-oficiais da Câmara de Comércio Chile-Brasil, nos últimos dez meses já chegou ao primeiro lugar. O mercado de 190 milhões de habitantes, com importante parcela da população tendo aumentado o poder aquisitivo nos últimos anos é a grande atração. Some-se a isso a estabilidade macroeconômica e as facilidades para ingressar no mercado por ser um sócio do MERCOSUL. Para investir com êxito e conquistar esse mercado, a regra é produzir localmente, uma vez que o país ainda mantém importantes barreiras à entrada de produtos estrangeiros. O problema encontrado são os altos impostos, e os tipos que podem variar entre os estados. (Estrategia)
O leite segue registrando crescimento no seu preço médio no Rio Grande do Sul, conforme apurou a pesquisa de preços realizada pela EMATER/RSASCAR, nas principais regiões de produção. O preço médio pago ao produtor, saltou da faixa dos R$ 0,62 para R$ 0,63, aumento de 1,62%. Os preços mínimo e máximo mantiveram-se inalterados respectivamente em R$ 0,50 e R$ 0,78 o litro. Contudo, considerando a elevação dos custos de produção, os valores recebidos ainda estão abaixo das expectativas de remuneração dos produtores.
As chuvas ocorridas estão contribuindo para melhorar o desenvolvimento das pastagens cultivadas na maioria das regiões de importância leiteira do Estado, inclusive revertendo parte do quadro desfavorável que está ocorrendo na metade Sul do Estado. Os volumes maiores registrados nas regiões de Ijuí e Santa Rosa estão causando uma certa dificuldade no manejo dos potreiros em decorrência do excesso de umidade no solo. Os produtores também estão aproveitando a maior umidade para realizar a adubação de cobertura das pastagens.
Diante desse novo quadro, está melhorando a oferta de forragem verde para o rebanho nas propriedades. Contudo, os produtores seguem utilizando as reservas alimentares armazenadas na forma de silagem, assim como a suplementação da alimentação das vacas com rações e concentrados.
As informações são da Agência Safra