Leite – Houve uma queda na recepção de leite pelas indústrias no primeiro trimestre de 2009. Conforme dados preliminares publicados pelo IBGE, a quantidade de leite recebida pelos laticínios sob fiscalização no primeiro trimestre de 2009 foi -0,6% menor que no mesmo período de 2008 e 10,60% maior que o mesmo período de 2007.
Pauta fiscal/MS – Depois de aumentar o valor de referência do leite industrializado, a Secretaria de Fazenda aumentou agora a pauta fiscal do produto in natura, conforme portaria publicada no Diário Oficial do Estado. O reajuste foi de 10%. Agora o valor do litro para operações internas é de R$ 0,53, para fins de cobrança do ICMS. Já nas operações interestaduais ficou em R$ 0,76. Também foram reajustadas as pautas fiscais da soja, gado suíno, galináceos e milho. Os novos valores entram em vigor na quarta-feira, dia 1º de julho. (Campo Grande News/MS)
Queijos – A indústria brasileira de queijos já venceu o desafio da qualidade. Há 36 anos, o ILCT mantém o Concurso Nacional de Produtos Lácteos – um termômetro dos avanços. A fábrica do ILCT, fechada para reforma desde 2007, voltará a produzir em três meses. Dos 32 produtos lácteos, 10 são queijos finos. Investimentos de R$ 2 milhões levaram a capacidade de produção da fábrica a 8 mil litros de leite processados por dia, o dobro do volume anterior. Do ponto de vista dos preços, os laticínios já trabalham com vantagens. O quilo do produto na indústria está na faixa de R$ 25, e o importado supera os R$ 40. Para a satisfação dos laticínios, o consumo tem crescido entre 15% e 20% anuais e boa parte desse aumento é observado em um dos segmentos mais importantes da clientela: os restaurantes e bufês. (Estado de Minas)
Longa vida/SP – Em junho, o preço do leite longa vida subiu novamente no varejo em São Paulo. Mesmo depois do recorde de preços alcançado em maio, o leite UHT teve seu preço elevado ainda mais neste mês. Atualmente, o produto está cotado a uma média de R$ 2,50 o litro, em média, uma alta de quase 10% em relação a maio. Comparando o mesmo período do ano anterior, o valor atual leite do longa vida está cerca de 45% mais alto. (Globo Rural)
Uruguai – O Brasil espera chegar ainda nesta semana a um acordo com o Uruguai na comercialização de leite. O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) pretende marcar uma reunião com autoridades uruguaias. Um primeiro encontro foi realizado há duas semanas. A intenção é concluir um acordo bilateral na próxima cúpula do Mercosul, que ocorre no fim deste mês. As negociações foram motivadas por uma forte alta nas importações de leite em pó do Uruguai neste ano. A situação levou a Câmara de Comércio Exterior (Camex) a criar dificuldades para as compras do produto do país vizinho. De acordo com o MDA, as conversas com os uruguaios têm como objetivo buscar um equilíbrio no comercio bilateral. O acordo envolve também cooperação técnica e promoção conjunta de produtos dos dois países. (Canal Rural)
Polônia – Agricultores e pecuaristas poloneses propuseram incluir nos rótulos dos alimentos, o custo de produção. Assim os consumidores teriam elementos para saber se o produto tem margem de comercialização abusiva ou não. A sugestão foi entregue ao Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural da Polônia pelos representantes de entidades rurais, com apoio da Associação Nacional de Cooperativas de Laticínios. De acordo com o porta-voz do setor agropecuário, essa iniciativa impediria que os comerciantes responsabilizassem os produtores pelos altos preços dos alimentos, escondendo suas altas margens de comercialização. A Federação Polaca de Alimentos diz que a medida seria uma ingerência nos mecanismos de livre mercado, mesma opinião da Organização Polaca de Comércio e Distribuição, que representa as grandes redes de distribuição. (Frisona)
Itália – Depois de uma reunião com entidades de classe do setor lácteo, indústrias e distribuidores, o Ministro Zaia anunciou que será elaborado um plano prevendo a regulamentação de preços, para fazer frente à crise do setor lácteo. Produzir um litro de leite custa atualmente segundo as organizações agrárias italianas 0,40 euros, e nos últimos contratos firmados na Lombardia os pecuaristas receberam em média 0,31 euros por litro, o mesmo preço de quinze anos atrás. O leite vendido a granel, sem contrato com a indústria é pago a 0,28 euros o litro. Segundo o Ministro “o problema não é só italiano, afeta outros países europeus, e os preços médios de referência vão dos 0,27 euros na região francesa Rhon-Alpes, aos 0,18 euros da República Eslovaca, uma queda de preços diretamente proporcional às quedas das exportações”. (Frisona )
Protestos/UE – Produtores de leite, com a ajuda de 400 tratores bloquearam o trânsito nas principais rodovias da República Theca, por duas horas, para protestar contra a queda do preço do leite. Os produtores estão recebendo 6 coroas por litro (0,23 euros), contra 9 coroas (0,35 euros) que recebiam um ano atrás. Numerosos empregos estão ameaçados em razão dos preços do leite. Na Bélgica, mais de 300 agricultores com a ajuda de 200 caminhões, bloqueiam por tempo indeterminado, os centros de distribuição das grandes redes de hiper e supermercados, principalmente as alemãs Lidl e Aldi, de baixos custos. O conflito que ocorre em vários países europeus é mantido pelos agricultores que acusam a distribuição de praticar margens excessivas ignorando a sobrevivência de numerosas propriedades produtoras de leite. (Agrisalon)
Negócios
Supermercados/MG – As vendas do setor supermercadista mineiro registraram queda de 3,47% em maio, em comparação com abril. Quando comparadas a maio do ano passado, também houve queda: -1,63%. No acumulado do ano, no entanto, o resultado é positivo em 1,04%, segundo balanço divulgado pela Associação Mineira de Supermercados (Amis). Para o mês de junho, a expectativa dos supermercadistas é de melhor desempenho nas vendas. (Hoje em Dia/MG)
ILCT – O Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT) será contemplado com R$ 2 milhões em recursos oriundos da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo federal, para o investimento em um centro de treinamento para produtores de todo o país. O anúncio foi feito pelo presidente da Epamig, Baldonedo Arthur Napoleão, durante a solenidade de lançamento da 26ª edição do Congresso Nacional de Laticínios, com o tema “Lácteos: tecnologia, nutrição e saúde”, que será realizado entre os dias 13 e 19 de julho, no Expominas. Segundo Napoleão, o objetivo é alavancar o setor, promovendo o aprendizado técnico junto aos produtores. Durante o 26º Congresso, serão realizadas a 37ª Exposição de Máquinas, Equipamentos, Embalagens e Insumos para a Indústria Laticinista (Expomaq) e a 36ª Exposição de Produtos Lácteos (Expolac). Haverá ainda o Concurso de Lácteos. Outro evento que ocorrerá simultaneamente é o Fórum das Américas: Leite e Derivados – 7º Congresso Internacional do Leite, realizado pela Embrapa. (Tribuna de Minas)
Nestlé – A multinacional suíça reiterou as previsões de aumento no lucro em 2009 de algo “pelo menos” próximo a 5%, excluindo variações cambiais, aquisições e vendas de operações. Também manteve a projeção de aceleração no ritmo de crescimento do lucro operacional, sem contar efeitos cambiais. “Esperamos que o desempenho de nosso segundo semestre seja ligeiramente melhor do que o do primeiro”, afirmou o diretor de finanças da empresa, Jim Singh, em apresentação das metas de desempenho divulgada no site da companhia. (Valor Econômico)
Setoriais
IqPR – O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) encerrou a terceira semana de junho em alta de 1,82%. O IqPR-V (produtos de origem vegetal) registrou variação negativa de 0,20%, enquanto que o IqPR-A (produtos de origem animal) teve alta de 6,82% no período, segundo o Instituto de Economia Agrícola, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Os produtos do IqPR que registraram as maiores altas nesta quadrissemana foram: tomate para mês (15,78%), carne de frango (15,56%), leite tipo C (12,22%), feijão (9,92%), carne suína (7,92%) e algodão (7,79%). As altas nas cotações dos leites (principalmente o tipo C) devem persistir até o final da entressafra. Já os preços dos grãos (milho e soja) reduziram o ritmo de aumento, mas ainda causam impacto nos preços das rações e das carnes, leite e ovos. (Agência IN)
Grãos/PR – O clima desfavorável fez o Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral) reduzir a estimativa da safra de grãos 2008/2009 do Estado. A expectativa é de uma colheita de 25,3 milhões de toneladas, 21% a menos que na safra passada. Considerando só a produção de milho, a quebra deve ser de 27,6%, com volume total de 4,5 milhões de toneladas. Já o trigo, que tem o término do plantio na segunda quinzena de julho, a produção prevista é de 3,2 milhões de toneladas, volume estável em relação ao ano passado. Mas a área plantada deve ser maior, passando de 1,1 milhão para 1,2 milhão de hectares. (Canal Rural)
Atacado – Os produtos agropecuários elevaram a pressão no atacado neste mês. Acompanhamento de preços da FGV mostrou alta de 1% no IPA (Índice de Preços por Atacado) neste mês, acima do 0,24% de maio. Leite e soja lideraram as altas no período. (Folha de SP)
Soja/MT – A safra 2009/10 de soja de Mato Grosso, maior produtor da oleaginosa no país, terá uma necessidade de recursos 15% menor que a exigida na temporada 2008/09, segundo estudo inédito do Instituto Mato-Grossense de Economia Agrícola (Imea), que será divulgado hoje. O declínio ocorrerá em virtude da baixa generalizada dos preços dos insumos, em particular dos de fertilizantes, de acordo com análise da entidade. O estudo aponta necessidade de R$ 7,2 bilhões para custear o plantio em 2009/10. Na safra anterior, os sojicultores do Estado precisaram de R$ 8,5 bilhões para trabalhar na safra. (Valor Econômico)
Orgânicos – Até 2013 a Nestlé Nespresso terá 80% de seu café orgânico. O executivo da empresa, Richard Girardot diz que 40% desse café já será orgânico até o final de 2009. Ele fez essa afirmação no mesmo dia em que a Nestlé lançou a plataforma “Ecolaboration”, um carro chefe de crescimento da empresa a longo prazo. O foco é o equilíbrio da produção em termos ambientais, econômicos e sociais. Consumidores compram o café Nespresso em cápsulas individuais e máquinas para uso em casa. As máquinas despejam água quente através da cápsula para uma porção individual de café. A Nespresso irá triplicar a reciclagem das cápsulas, atingindo 75% até 2013, reduzindo as emissões de carbono em cada dose de café produzido para 20%, disse a empresa. A companhia de café que investiu em qualidade viu suas vendas dobrarem em 2 anos, consolidando seu maior mercado – a Europa. (Canal Rural)
Sustentabilidade – A Espanha organiza o 60º Congresso da Associação Europeia de Produção Animal que terá como tema: “Biodiversidade e Sistemas de Produção Animal Sustentável: Aspectos Ambientais, Econômicos e Sociais”. O Congresso já conta com um número recorde de participantes, com 1.300 congressistas inscritos, que apresentarão mais de 800 trabalhos científicos como: Rentabilidade e Aspectos Socioeconômicos das Explorações Pecuárias; Integração da Pecuária ao Meio Ambiente; Sistemas de Produção e Mudanças Climáticas, etc. O Congresso, que será realizado em Barcelona entre 24 e 27 de agosto, terá quatro dias de apresentações científicas, e o último dia para visitas técnicas. Tanto o programa, como informações complementares sobre o evento podem ser encontrados no site www.mapa.es/es/ganaderia/ganadeira.htm. (Frisona )
Economia
Cesta/RJ – A Cesta de Compras da cidade do Rio de Janeiro – que equivale ao consumo médio de todas as famílias residentes no município – ficou 0,35% mais cara na segunda semana de junho, passando de R$ 399,23, na primeira semana do mês, para R$ 400,62, de acordo com levantamento da Fecomércio-RJ. Com esse resultado, a Cesta completa nove semanas seguidas em alta. Nos sete dias anteriores, o custo da Cesta havia subido 0,21%. O leite foi o item que mais encareceu (5,24%), seguido por ovo de galinha (2,82%), cebola (2,17%) e queijo-prato (2,10%). Em contrapartida, os produtos que computaram as variações negativas mais intensas foram a cenoura (-5,73%), o tomate (-4,22%) e o feijão (-2,34%). (O Dia Online)
Juros – O ministro da Fazenda Guido Mantega anunciou que a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) será reduzida hoje, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de 6,25% ao ano para 6%, no terceiro trimestre de 2009. Há oito trimestres não havia redução da TJLP. O ministro também anunciou a redução do custo do dinheiro repassado pelo Tesouro Nacional para o Banco Nacional de Desenvolvido Econômico e Social (BNDES). Segundo Mantega, a partir de agora, ao invés de TJLP mais 1%, o Tesouro cobrará apenas a TJLP dos recursos que serão aportados no BNDES para linhas de financiamento. (O Povo/CE)
Confiança – A confiança da indústria brasileira aumentou para o maior patamar desde outubro passado, refletindo melhoras nas expectativas e na visão da situação atual em meio à volta à normalidade dos estoques, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira. O índice da Fundação Getúlio Vargas (FGV) subiu 4,8% em junho em relação ao mês anterior, para 93,8 pontos, com ajuste sazonal. O indicador está 5,3 pontos abaixo de sua média histórica, mas 19,1 pontos acima do recorde de baixa alcançado em dezembro de 2008. “Entre os quesitos integrantes do índice de confiança que retratam o momento atual, destaca-se o retorno à normalidade do nível de estoques industriais”, informa a FGV em nota. O componente de situação atual aumentou 4,4%, para 97,2 pontos, aproximado-se de média histórica de 99,9 pontos, enquanto o de Expectativas avançou 5,2%, para 90,3 pontos. (Reuters)
Globalização e Mercosul
Carrefour – O Carrefour, segundo maior grupo varejista do mundo, está trabalhando para reduzir 1,8 mil milhões de euros nos custos. O objetivo é tornar-se mais ágil e eficiente, melhorando o desempenho e participação no mercado mundial. O plano deverá transformar a estrutura operacional do grupo, especialmente na área de logística, reduzindo o nível de estoques. Os produtos nas prateleiras também deverão sofrer alterações, aproveitando sinergias a nível mundial nos departamentos de compra e os vários formatos de loja. (Hipersuper)
Alimentos/EUA – Recente pesquisa feita pela IBM nos Estados Unidos revela que a confiança dos consumidores nos fabricantes e distribuidores de alimentos está caindo. Apenas 20% dos entrevistados acreditam que as indústrias produzam produtos saudáveis. Para 60% segurança e qualidade dos alimentos que adquirem é uma preocupação constante. 77% querem saber mais sobre os ingredientes, e 76% estão interessados na origem. Alimentos recolhidos por contaminação causam grande impacto negativo, e quase 50% dos entrevistados não voltariam a comprar produtos que já tenham sido condenados. 80% se lembraram de algum produto contaminado nos últimos dois anos, ficando em destaque a pasta de amendoim. Os autores do estudo detectaram ainda que “apesar dos esforços, indústria e distribuição não atendem às expectativas dos consumidores no que se refere a informações”. (Hipersuper)
Crise – O CIES (Food Business Europe) é um fórum de trocas de “boas práticas” da distribuição mundial. Sinal dos tempos? No 53º CIES realizado neste mês em Nova Iorque, foi anunciado o desaparecimento da entidade, que contou com 600 participantes, 30% menos que a frequência habitual. O Davos da indústria de grande consumo, que reúne os presidentes das grandes cadeias de distribuição e multinacionais de alimentos para trocar ideias sobre o setor, irá fundir com outras duas associações similares: o CEO, fórum dos 20 primeiros líderes do setor da distribuição, e o Global Commerce Initiative. A nova entidade se reunirá no próximo ano em Londres, com o nome de “Consummer Good Fórum”, e deverá contar com 2.000 participantes. Oficialmente, o objetivo da fusão é dar mais espaço às indústrias. Ausentes na direção do CIES, eles terão a metade dos lugares diretivos da nova entidade. Mas, nesses tempos de restrições orçamentárias essa fusão permitirá, sobretudo, fazer substanciais economias. Haverá apenas uma reunião anual, no lugar de três. A edição 2009 é um bom reflexo da crise e os cortes nos orçamentos das empresas. (La Tribune)