Preço – Pagar mais caro pelo leite é comum nesta época de entressafra, mas o aumento do preço este ano foi o maior desde 1996. De janeiro a maio deste ano, o preço do leite tipo longa vida subiu em média 20%. Foi o maior crescimento dos últimos 13 anos. As pesquisas de preços mais recentes confirmam a sequência de aumentos. Nos últimos sete dias, o leite ficou 12% mais caro, em relação aos preços cobrados entre 11 e 17 de maio. O consumidor paga mais por um produto tão essencial nos períodos de queda na produção. Nos primeiros quatro meses, a oferta de leite no mercado nacional caiu 7%, na comparação com a mesma época, no ano passado. Mas, no segundo semestre, o susto com o preço do leite pode ser menor. “A partir de agosto, as condições climáticas tendem a melhorar. Nessa situação, o preço do leite começa a recuar um pouco, mas é difícil que ele retorne aos preços que vigoraram antes desse período de entressafra”, explicou André Braz, pesquisador da FGV. (Jornal Nacional/Rede Globo)
Perdigão – A fábrica da Perdigão em Bom Conselho, distante 266 km do Recife, já está em fase de testes para a produção de leite UHT. A partir da próxima semana, a unidade de lácteos deve iniciar sua fabricação comercial, com o processamento de longa vida das marcas Elegê e Batavo. O portfólio deverá estar completo em agosto, com as linhas de iogurtes, bebidas lácteas, achocolatados e fermentados para comercialização no mercado nordestino. O laticínio da Perdigão em Bom Conselho é o primeiro da empresa no Nordeste e o nº 1 da recém-criada Brasil Foods – resultado da fusão entre Sadia e Perdigão. A fábrica recebeu investimento de R$ 150 milhões e vai gerar 450 empregos quando estiver em plena operação. Com capacidade para processar 300 mil litros de leite por dia, a previsão é que até o fim do ano já esteja com um volume de 100 mil litros. Até o mês passado, a empresa estava captando cerca de 55 mil litros de leite por dia. Desse total, 20 mil litros são industrializados pela União dos Palmares Indústria Alimentícia Ltda. (Unipa), em Alagoas, com a marca Elegê. (Jornal do Commercio/PE)
Importação – Uma missão do governo brasileiro desembarca hoje no Uruguai para tentar um entendimento em relação ao leite em pó. As importações daquele país ultrapassaram 7 mil toneladas nos quatro primeiros meses de 2009, enquanto em todo o ano passado o volume adquirido dos uruguaios foi 4,5 mil toneladas. Além do que já foi trazido ao País, já existem pedidos de mais 14 mil toneladas. Há suspeita de fraudes nas importações não apenas do Uruguai, mas também da Argentina. A Receita Federal investiga a possibilidade de operações de triangulação, em que o leite não seria produzido no Mercosul, e sim em terceiros países, mas entra no Brasil com tarifa zero. No caso do Uruguai, avalia-se ainda se há prática de dumping (cobrança de preços muito abaixo dos valores de mercado). A Argentina não se enquadraria nessa mesma situação por que aceitou um acordo de preço mínimo com o Brasil no último mês de abril. (Jornal do Commercio/PE)
Crise – As encomendas de leite realizadas por importadores brasileiros são vistas pelos uruguaios como uma brecha importante para ajudá-los a enfrentar a crise. Segundo um técnico do governo que está trabalhando no assunto, o Brasil não é contra o comércio com o Uruguai, “desde que seja feita de forma correta, sem concorrência desleal.” (Jornal do Commercio/PE)
Crise/UE – A chanceler alemã, Angela Merkel, expôs, durante o encontro de chefes de Estado e de Governos da União Europeia (UE), a situação crítica em que vivem os produtores de leite, que estão recebendo 20 centavos de euros, e gastando quase 40 centavos para produzir. Junto com outros países como Bulgária e Eslováquia, a chanceler defendeu maior flexibilidade no aumento das cotas de leite, levando em consideração a situação do mercado. A Alemanha é a maior produtora de leite da UE, e pede que a liberalização do mercado seja feita mais lentamente. Enquanto isso, os cerca de 2.000 manifestantes que ocuparam o centro de Bruxelas, com 650 tratores, montaram acampamentos, com alimento suficiente para três semanas. Esperam que a União Europeia reveja a Política Agrícola Comunitária de forma a reverter a situação catastrófica em que se encontra o setor, que além do mais está sendo agravada com a crise financeira mundial. (Frisona – Tradução Livre: www.terraviva.com.br)
Negócios
Lácteos – O passado volta renovado na venda de produtos lácteos no Brasil. Uma grande empresa está expandindo seu programa de vendas diretas ao consumidor, implantado há três anos. Revendedores vão de porta em porta oferecendo os produtos, acondicionados em carrinhos, como os de picolé. O sistema, direcionado às classes C, D e E, pode ser uma opção para os pequenos laticínios e cooperativas, que têm dificuldades em concorrer com as grandes empresas também na hora da comercialização de seus produtos. (O Popular/GO)
Interleite – Uberlândia (MG) sediará o Interleite 2009, Simpósio Internacional sobre Produção Competitiva do Leite, que será realizado de 25 a 27 de junho. O evento tem palestra sobre temas como mercado, novos modelos de investimento no setor produtivo, agricultura familiar, competitividade, sistemas de produção, qualidade do leite, bem-estar animal, sanidade, reprodução, nutrição e genética, além de debater sobre gestão de pessoas. (O Popular/GO)
Kellog – A empresa de alimentos americana Kellog está aberta a pequenas aquisições de empresas e ampliar seus negócios no Brasil e na Índia, segundo o presidente da companhia, David Mackay. O executivo reconheceu que acordos estão disponíveis a preços mais baixos e disse que a Kellog vai considerar as oportunidades que surgirem. “”O Brasil é um mercado interessante”, disse. “A empresa também gostaria de ser maior na Índia.” (O Estado de SP)
Nestlé – A multinacional Nestlé iniciou a venda dos seus produtos no sistema porta a porta no Grande Recife, via microdistribuidores que recrutam revendedores nas comunidades em que atuam e saem as ruas para comercializar iogurtes, leite fermentado, entre outros. A Nestlé planeja ter, pelo menos, mais 14 microdistribuidores em todo o Estado. “A nossa ideia é penetrar nas classes C, D e E e expandir esse tipo de venda para o Nordeste inteiro”, disse o diretor regional da Nestlé, Alexandre Costa, acrescentando que muitas mulheres vão viver dessa revenda e isso faz gerar renda para essas comunidades. “Essa também é uma maneira de gerar oportunidades”, comentou. No ano passado, a Nestlé do Brasil faturou R$ 13,4 bilhões, sendo que R$ 1 bilhão foi gerado nas iniciativas realizadas para os consumidores da baixa renda. A intenção da empresa é crescer 15% este ano nas vendas para esse tipo de cliente. (Jornal do Commercio/PE)
Setoriais
Milho – Oitenta e seis organizações civis protocolaram ontem no Ministério da Casa Civil uma carta aberta para a ministra Dilma Rousseff na qual pedem a suspensão imediata de todas as autorizações para plantio comercial de milho OGM (geneticamente modificado). As entidades pedem ainda a paralisação de todos os processos de licenciamento de variedades de milho transgênico em curso na CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança). Na carta, organizações sociais, ambientalistas, de pequenos produtores e de consumidores alegam que as suspeitas de contaminação de produções de milho convencional estão sendo comprovadas. O Brasil colhe neste momento a primeira safra de milho transgênico. Segundo anúncio dos próprios agricultores e de cooperativas, a maior parte dessa produção não vem sendo segregada do produto convencional. As organizações pedem que o uso do milho OGM seja suspenso enquanto não houver garantias de coexistência. (Folha de SP)
Commodities – Os preços de exportação de algumas das principais commodities brasileiras reagiram em abril e principalmente em maio, ajudando a melhorar o valor das vendas de produtos básicos. No mês passado, as cotações da soja em grão exportada pelo Brasil subiram 7,3% em relação ao mês anterior, enquanto as do suco de laranja avançaram 21,6%, as do petróleo, 15% e as da carne bovina 7,3%. Nos últimos meses, as commodities estão em alta no mercado internacional, refletindo a demanda da China e o forte aumento da liquidez global, consequência da política monetária expansionista dos principais bancos centrais do planeta. Desde 2 de março, o índice CRB, composto por 19 produtos primários, subiu 28,21%. (Valor Econômico)
Mais Alimentos – O plano do governo para estimular a mecanização das propriedades familiares, batizado “Mais Alimentos”, cumpriu em seu primeiro ano 18% da meta de vendas de tratores e 42% do objetivo traçado para a elevação da produção até 2010. Em balanço apresentado na quinta-feira ao presidente Lula, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, disse que o programa federal, em vigor há um ano, ajudou a indústria nacional a vender 11 mil tratores “populares” e adicionou 7,8 milhões de toneladas de mandioca, milho, feijão, café, arroz, trigo e leite. O plano prevê a venda de 60 mil tratores e a produção adicional de 18,6 milhões de toneladas de alimentos. (Valor Econômico)
Economia
Confiança – A confiança do consumidor na economia brasileira cresceu pela primeira vez desde a piora da crise econômica global, em setembro de 2008. De acordo com levantamento da CNI (Confederação Nacional da Indústria), houve alta de 3,7% do índice no segundo trimestre ante o trimestre anterior. Segundo a CNI, a melhora foi motivada pelas expectativas para emprego e inflação. O otimismo sobre esses índices cresceu 17% e 11,2%, respectivamente, ante o trimestre passado. Em relação à renda, a expectativa teve leve piora (-0,4%). Em São Paulo, pesquisa da Fecomercio SP (Federação do Comércio de São Paulo) aponta que o endividamento das famílias paulistanas caiu pela segunda vez consecutiva: o total de famílias endividadas atingiu 49% em junho, ante 52% em maio. (Folha de SP)
Cesta/SP – O preço da cesta básica em São Paulo caiu 0,58%, no período de 12 a 18 de junho, segundo pesquisa da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP). O preço médio, que no dia 10 de junho era de R$ 288,28, passou para R$ 286,60. Na variação semanal, dos 31 produtos pesquisados, 12 apresentaram alta de preços, 13 baixaram e apenas seis permaneceram estáveis. Entre os destaques, o grupo de higiene pessoal avançou 1,70%. Já o item alimentação recuo 0,89%, seguido por limpeza que apontou queda de 0,13%. (Investimento de Notícias)
Minirreforma – A queda nos preços dos produtos incluídos na minirreforma tributária do Estado pode ter chegado a 6,39%, informou ontem a Receita Estadual. O cálculo foi feito pela Secretaria da Fazenda com base em notas fiscais. A reforma baixou de 18% para 12% o ICMS de cerca de 95 mil itens de consumo popular. A redução no preço final corresponde a R$ 5,1 milhões efetivamente repassados pelas empresas em favor do consumo das famílias. O levantamento foi feito em 285 estabelecimentos, que pertencem a 41 empresas, localizadas em 78 municípios paranaenses. No levantamento, houve queda nos seguintes grupos: Saúde e Cuidados Pessoais (-2,61%), Artigos de Residência (-2,61%), Alimentos e Bebidas (-1%), Despesas Pessoais (-0,39%) e Transporte e Comunicação (-0,04%). O grupo Vestuário teve alta de 6%. (Paraná Online)
Globalização e Mercosul
Argentina – O PIB da Argentina registrou crescimento anualizado de 2% no primeiro trimestre do ano. Entre janeiro e março passados, os setores produtores de bens registraram uma queda anualizada de 3,2%, enquanto os de serviços tiveram crescimento de 4,7%. (Diário Catarinense)
Espanha – O Dia Espanha registrou lucros líquidos de 172,16 milhões de euros no final de 2008, crescimento de 59,27% em relação a 2007, e um aumento de 14,38% nas vendas que alcançaram os 4,232 mil milhões de euros. Em termos mundiais, o grupo Dia alcançou vendas brutas de 10,5 mil milhões de euros em 2008, representando um crescimento de 11,1% se comparado com o ano anterior. (Hipersuper)