Notícias 12.05.09

Importações  – Os números preliminares da média diária de maio de 2009 das importações de leite e derivados, em dólar, são 10,06% maiores que a média de abril de 2009. Veja no quadro as médias, considerando apenas os dias úteis das importações efetivas em dólar.

 

 

Veja as importações de lácteos em abril de 2009 comparadas com abril de 2008 e março de 2009. Em seguida, as importações acumuladas de janeiro a abril de 2009 comparadas com o mesmo período de 2008.

 

Preço/BH – O preço do litro de leite está mais caro nas prateleiras das padarias e supermercados de Belo Horizonte. O aumento chegou a 12 % nos últimos 30 dias, segundo pesquisa do site Mercado Mineiro. O levantamento foi feito em 10 supermercados da capital comparando os preços das principais marcas de leite integral e desnatado. Nas padarias, os preços estão ainda mais altos, pois é difícil concorrer com as redes de supermercados, que compram mais e por isso conseguem preços melhores, explica o dono de uma delas. (Globo Minas)

Leite/RJ – O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, assinou na última semana, decreto que concede ao Programa Rio Leite da secretaria estadual de Agricultura, linha de crédito de R$ 120 milhões com recursos do tesouro estadual, para financiar o setor de leite com juros de 2% ao ano e prazo para pagamento de cinco anos. Segundo a Secretaria de Agricultura do Estado, a legislação prevê que cooperativas e indústrias utilizem créditos de ICMS retidos para comprar equipamentos para processamento do leite, botijões de sêmen, resfriadores de leite e outros. (Valor Econômico)

Leite/BA – A criação da Câmara Setorial do Leite, que pretende discutir e solucionar os gargalos da cadeia produtiva na Bahia, revela um quadro crítico, num cenário lamentável e assustador de acordo com gerente de programas especiais do Senar – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Luiz Sande. Produtores insatisfeitos e políticas públicas ineficientes mantém estagnada há 20 anos, a produção do terceiro maior rebanho de gado leiteiro do país. Enquanto a produção nacional cresceu 80% entre 1990 e 2007, a Bahia cresceu somente 30%. Sétima maior produtora de leite do Brasil, com 911 milhões de litros anuais, a Bahia sequer consegue atender a demanda interna de 1,5 bilhão de litros por ano, detendo a quinta pior produtividade de leite por vaca do país. A Bahia perde espaço para Rondônia e Pernambuco que cresceram 348% e 111%, respectivamente entre 1990 e 2007. (A Tarde/BA)

Deficiências – Os principais problemas apontados pelos produtores baianos são a falta de organização e diálogo entre os elos da cadeia produtiva e a produção dispersa, sem força para pleitear melhorias como capacidade técnica e gerencial, extensão rural de qualidade, defesa sanitária e combate ao leite clandestino, que hoje representa entre 40% e 50% da produção total do estado. O secretário de Agricultura, Roberto Muniz, reconhece as limitações da cadeia produtiva, que resultam em um mercado desorganizado e com volatilidade de preços. E define como essencial aproximar o setor produtivo dos consumidores, criando uma cadeia estável. Para que isso aconteça, segundo o secretário, a Câmara Setorial do Leite terá um papel protagonista. Os produtores reconhecem a importância da Câmara Setorial, mas defendem ações mais efetivas e imediatas. (A Tarde/BA)

Leite/AL – No período entre 1998 e 2007 todos os estados da região Nordeste aumentaram seus volumes anuais de produção de leite, exceto Alagoas. De acordo com dados recentes da Embrapa, o estado – que já esteve no topo do ranking regional -, foi perdendo posição gradativamente até chegar à sexta posição, ultrapassado pela Bahia, atual líder, Pernambuco, Ceará, Maranhão e Sergipe, respectivamente. Vários fatores que contribuíram para a diminuição da produção leiteira ainda são gargalos que precisam ser superados por Alagoas. O principal deles é a falta de assistência técnica aos pequenos produtores. Outro problema que prejudicava o setor era a classificação alagoana de “Zona de Risco Desconhecido” em relação ao controle da febre aftosa. Mas, recentemente, o Estado melhorou seu “status” para “Zona de Nível Médio”. (O Jornal/AL)

Estiagem  – Produtores de leite do Sul estimam que já perderam ao menos R$ 125 milhões por causa da estiagem na região. No Rio Grande do Sul, maior produtor de leite do país depois de Minas Gerais -2,9 bilhões de litros por ano, conforme o IBGE-, a perda é estimada em R$ 53 milhões apenas em abril -100 milhões de litros a menos, segundo a Emater-RS. Em Santa Catarina, o prejuízo, até junho, será de R$ 72 milhões. Isso significa 135 milhões de litros de leite a menos, diz o Cepa (Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Secretaria de Estado da Agricultura). O Estado produz 1,8 bilhão de litros de leite por ano. Apesar de ser o terceiro maior produtor do país -2,7 bilhões de litros/ano-, o Paraná não será tão afetado. “Nossa bacia leiteira se concentra no sul do Estado, que não foi tão afetado”, diz Otmar Hubner, agrônomo do Deral (Departamento de Economia Rural do Paraná). As perdas no leite se devem à baixa qualidade do pasto e à dificuldade em fornecer água para os animais, além de prejudicar a plantação das pastagens de inverno, a alternativa mais barata para a suplementação alimentar dos rebanhos. (Folha de SP)

FIL – O Brasil filiou-se, na última semana, à Federação Internacional de Laticínios (FIL). No evento, que aconteceu no Conselho Nacional da Indústria de Laticínios (Conil), foi criado o Comitê Nacional FIL-Brasil, cujo objetivo é implementar as atividades e ações da FIL no país. Para Duarte Vilela, chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, a filiação do Brasil e a criação do comitê são importantes para a consolidação do país e da indústria nacional de lácteos no cenário internacional. O Brasil produz 30 bilhões de litros de leite por ano, e a estimativa é de que possa atingir exportações de 5 bilhões de litro de leite nos próximos cinco anos. (Valor Econômico)

Negócios

Iogurte – A Danone coloca no mercado o DanUp em embalagem de 900 gramas. A bebida será vendida no sabor morango. Até então, o DanUp era comercializado em garrafinhas de 180 g nos sabores Morango, Frutas Vermelhas e Vitamina (mamão, maçã e morango). (Brasil Alimentos)

Perdigão/Sadia – Está muito perto de ser concluída a negociação para juntar a Perdigão e a Sadia duas das maiores companhias de alimentos da América Latina. Pelo que ficou acertado, a Perdigão incorporaria a Sadia por meio de uma troca de ações. A Perdigão ficaria com cerca de 70% da nova companhia e a Sadia com cerca de 30%. O acordo prevê, numa segunda fase, a entrada do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio do BNDES Par. A Perdigão cresceu nos últimos anos com aquisições como a dos laticínios Eleva, dona da marca Elegê. No ano passado, ela passou a Sadia em faturamento e registrou lucro de R$ 54 milhões. A Sadia, que vinha em um processo de forte expansão, com altos investimentos e abertura de novas fábricas, fechou 2008 com um faturamento de R$ 10,7 bilhões. As operações malsucedidas com derivativos de câmbio levaram a empresa a registrar, no ano passado, o primeiro prejuízo de sua história, de R$ 3,8 bilhões. (O Estado de SP)

Wal Mart – As venda de abril da Wal Mart superaram as expectativas dos analistas e da própria empresa, ao registrar um crescimento de 5%, em vez dos esperados 3%. Os resultados foram atingidos graças à “ajuda” da Páscoa. Contudo os bons resultados da líder do varejo mundial estão sendo afetados pelo alastramento da Gripe A no México, onde a companhia está passando tempos difíceis. (Hipersuper)

 

Setoriais

Crédito – A linha de crédito de R$ 10 bilhões aprovada pelo CMN para financiamento de capital de giro para agroindústrias, indústrias de máquinas, equipamentos agrícolas e cooperativas entrou em vigor ontem, com a publicação da portaria no 203 no Diário Oficial da União (DOU). O BNDES irá operar a linha, válida para contratos firmados de 16 de abril de 2009 a 31 de dezembro de 2009. O crédito foi autorizado para aliviar diversos setores exportadores do agronegócio em dificuldades devido à crise mundial. (Correio do Povo/RS)

Milho – As exportações de milho recuaram em abril, mas as perspectivas são de alta a partir do próximo mês, segundo Leonardo Sologuren, da consultoria Céleres. As tradings têm compromissos de venda externas “em volume significativo nos próximos três meses”, diz ele. (Folha de SP)

Soja – O sojicultor brasileiro pode aumentar para 4.000 quilos por hectare a produção de soja, acima da média atual de 2.800. Esse é o desafio que promete o Cesb (Comitê Estratégico Soja Brasil), que será criado neste mês durante o Congresso de Soja em Goiânia (GO). Sem fins lucrativos, será composto por 14 profissionais de diversas áreas. (Folha de SP)

 

Economia

IPC-S – A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) avançou em todas as capitais pesquisadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O levantamento divulgado ontem pela FGV aponta maior aceleração dos preços em Recife (de 0,66% para 1,09%), que registrou ainda a taxa mais elevada no período. Em Porto Alegre, o acréscimo subiu de 0,52% para 0,56%. O IPC-S de 7 de maio, divulgado semana passada, ficou em 0,57%, taxa 0,10 ponto percentual superior à da apuração anterior. (Correio do Povo/RS)

 

Globalização e Mercosul

Argentina – Mais de 45% dos produtores de leite não receberão a compensação de dez centavos pelo litro de leite, por produzirem acima do limite de 3.000 litros, conforme as resoluções do Ministério da Produção Argentino. O esforço dos produtores em busca da produtividade está sendo discriminado conforme estudo elaborado por técnicos da Cooperativa CONINAGRO. A busca de sustentabilidade dos sistemas produtivos leiteiros que levaram produtores a trabalhar com alto grau de eficiência e incorporação de tecnologias, que refletiram no aumento da produção para poder sustentar-se na atividade, está agora sendo discriminada. (Infortambo)

Inflação/China – Os índices de inflação no atacado e no varejo da China caíram mais em abril com a redução dos preços dos alimentos e das commodities, mas os declínios já eram amplamente esperados e a deflação não deve ser tema de preocupação para a economia no longo prazo. (Paraná Online)

Nestlé – A queda do consumo deverá se acentuar até a metade do ano, diz o presidente da filial da Nestlé no Chile, Fernando Del Solar. O aumento do desemprego atingiu o orçamento familiar, reduzindo as vendas. Apesar desse cenário, é importante não ser pessimista, e Del Solar confia na fidelidade do consumidor na marca Nestlé. A afirmação vem apoiada em um estudo onde ficou constatado que 51% dos consumidores preferem marcas de confiança, mesmo que custem mais caras, e 52% dos consumidores duvidam de produtos que estão constantemente em promoção. Nesse sentido o executivo sente que o portfólio da marca Nestlé constitui seu melhor ativo para enfrentar a queda do consumo. (Diário Financiero)

Aftosa – Especialistas internacionais aprovaram um plano ambicioso de luta para por fim à febre aftosa, e impedir a propagação na Europa e norte da África, uma vez que focos já foram detectados em 14 países da Ásia menor e Oriente Médio. Nos dois primeiros meses de 2009 mais de 130 casos foram detectados no centro e no sul do Iraque, e focos foram constatados também no Bahrein, Kuwait, Líbano e Líbia. A aftosa é uma doença viral, geralmente não mortal, mas muito contagiosa, e uma eventual epidemia poderá provocar uma alta no preço das proteínas. Um dos especialistas declarou que a febre aftosa do tipo A, já é considerada uma endemia na Turquia, Irã e Paquistão. É um tipo particularmente perigoso porque a mutação da cepa é muito rápida, dificultando a manutenção de vacinas apropriadas. (FaoNews)

Alimentos – Segundo a FAO, a Organização das Nações Unidas Para a Agricultura e Alimentação, até o fim deste ano mais quase um bilhão de pessoas vai passar fome no mundo por causa da crise de alimentos. O problema não é a falta de comida, mas sim a má distribuição. As oportunidades e ameaças da cadeia de alimentação animal e humana são temas do Interfeed, fórum que começou nesta segunda, dia 11, em São Paulo, com as principais lideranças mundiais do setor. (Canal Rural)

Chile – O Ministério da Agricultura chileno informou que desde o dia 06 de maio de 2009 as indústrias habilitadas do Chile podem exportar lácteos para a Rússia, um dos principais importadores de produtos lácteos a nível mundial. A ministra da agricultura, Marigen Hornkohl destacou a importância dessa alternativa para os negócios do setor de laticínios chileno, que reforça a consolidação do Chile como potência alimentar, e aumenta a presença de alimentos chilenos no mundo. (Fedeleche )

Brasil filia-se à Federação Internacional de Laticínios

O Brasil filiou-se, na última semana, à Federação Internacional de Laticínios (FIL). No evento, que aconteceu no Conselho Nacional da Indústria de Laticínios (Conil), foi criado o Comitê Nacional FIL Brasil, cujo objetivo é implementar as atividades e ações da FIL no país.

Para Duarte Vilela, chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, a filiação do Brasil e a criação do comitê são importantes para a consolidação do país e da indústria nacional de lácteos no cenário internacional.

As informações são do jornal Valor Econômico.

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