Leite – No dia 1º de junho comemora-se o DIA MUNDIAL DO LEITE. Na data será oferecido o “Leite da Manhã”, às autoridades ligadas à cadeia produtiva do leite, e à imprensa goiana, às 08 horas e 30 minutos na Casa da Indústria – FIEG, situada à Av. Araguaia nº 1.554, Setor Vila Nova, Centro – Goiânia. (Sindileite/GO)
Produção/RS – A volta das chuvas traz esperanças de melhores negócios no setor leiteiro gaúcho. O fim da estiagem, que desde o final do ano passado provocou quedas de até 35% na produção leiteira do Estado, representa uma oportunidade de recuperar os prejuízos sofridos. O primeiro efeito sentido pelos produtores é o aumento no preço. Na sexta-feira passada, o Conselho Estadual do Leite (Conseleite) divulgou a tendência do valor de referência para o mês de maio, que é de R$ 0,6470, um acréscimo de R$ 0,08 em relação ao valor de março. Entretanto, o resultado ainda é pequeno se comparado com os valores do varejo, onde os preços já subiram até 8% nas últimas semanas. Embora o acréscimo ainda não tenha sido repassado aos produtores, ele já cria boas expectativas. (Jornal do Comércio/RS)
Investimentos/RS – De papel secundário, a produção de leite está se transformando em protagonista nas propriedades rurais da Região Noroeste graças a investimentos anunciados nos últimos anos. Somente a Nestlé, em Palmeira das Missões, a Perdigão, em Ijuí e Três de Maio, e a Cooperativa Central Gaúcha Limitada (CCGL), em Cruz Alta, somam projetos de cerca de R$ 200 milhões no setor desde 2008. Empreendimentos próximos, no norte gaúcho, como em Tapejara e Passo Fundo, ajudam a mobilizar os produtores do Noroeste. A CCGL prevê uma queijaria em Cruz Alta, orçada em R$ 104 milhões, com contratação de 300 pessoas. A Nestlé também planeja investimento – de até R$ 120 milhões – no Estado, mas sem local definido. Além dos empregos diretos gerados, as fábricas motivam os produtores rurais a investir no leite para atender à demanda. (Zero Hora/RS)
Renda – Segundo o assistente técnico regional da Emater em Ijuí, Pedro Urubatan, a pecuária leiteira deixou de ser uma atividade restrita ao pagamento de pequenas contas e passou a ser a fonte principal de renda em muitas propriedades. – Alguns anos atrás, o baixo preço do leite desmobilizou produtores, que venderam animais até abaixo do que valiam. Depois, acabaram se arrependendo porque o produto vem se transformando em uma excelente fonte de renda no campo. Além de oportunidades no campo e nas indústrias, o leite traz expectativa de lucro também em outros setores. Agropecuárias, transportadoras, vendedores de sêmen e de equipamentos para ordenha, por exemplo, estão sendo beneficiados com a renda gerada dos investimentos na pecuária leiteira. (Zero Hora/RS)
Leite/MG – O período de entressafra do leite está começando. Na Zona da Mata, quem se preparou, mantém o ritmo da produção. Parece até que a entressafra ainda não começou. As chuvas dos últimos meses deixaram uma boa umidade no solo e o capim continua verde na região. Os produtores que se prepararam para o período de seca ainda não sentiram os reflexos da estiagem. No sítio do criador Mauro do Carmo, a produção de leite é a mesma da época de safra, 200 litros por dia. O leite é entregue em um laticínio em Viçosa. Todos os dias chegam 12 mil litros, para a produção de leite pasteurizado e derivados, como iogurte e doce. O preço médio vem subindo nos últimos dois meses, semana passada, o produtor recebeu pelo litro do leite tipo C, R[area=2],63. Isto significa um reajuste 10% em relação a fevereiro. (MGTV)
Cepea – Os preços do leite pagos aos produtores mantêm alta neste mês -isso vem ocorrendo, em pequena escala, desde dezembro. O Cepea ainda coleta os preços de maio, que devem superar o R$ 0,6258 de abril, apurado com base na média dos sete Estados pesquisados. Um dos motivos da alta é a oferta menor. Nos três primeiros meses do ano, a captação de leite foi 7% inferior à de igual período de 2008, segundo Gustavo Beduschi, do Cepea. Além disso, a alta do leite longa vida nos supermercados dá sustentação ao produto no campo. “O mercado está favorável. Do meio do ano passado para cá, a produção não aumentou, e a demanda interna cresceu.” A avaliação é de Valentino Rizzioli, produtor de leite e presidente da CNH. (Folha de SP)
Lácteos – Os Estados Unidos sinalizaram ontem na Organização Mundial do Comércio (OMC) que estão prontos para discutir a retirada de subsídios à exportação de lácteos se a União Europeia (UE) fizer o mesmo. O embaixador brasileiro na OMC, Roberto Azevedo, reclamou diante dos 153 países-membros que o retorno desses subsídios significava um rompimento do acordo dos líderes do G-20, para os países não adotarem novas medidas que deturpem o comércio internacional em meio à maior crise econômica e financeira global. A UE, primeira a reintroduzir a subvenção para se livrar de enormes estoques de leite, argumentou que só reativou um antigo programa. Azevedo retrucou que, por essa lógica, os países em desenvolvimento podiam justificar a elevação de tarifas de importação, já que estas também foram mais altas no passado. A delegação dos EUA disse que Washington só reintroduziu os subsídios para exportar lácteos para se contrapor à ação dos europeus, que estava deslocando o produto americano em outros mercados. (Valor Econômico)
Apoio – China, Argentina, México, Egito, África do Sul, Austrália e outros países apoiaram a reclamação brasileira, chamando a atenção para o “efeito dominó” de medidas protecionistas, quando o comércio global segue em queda livre. O México observou que tem acordos de livre comércio com os EUA e a UE, e ambos exportam seu leite subsidiado livre de tarifas para o mercado mexicano, em detrimento do produtor local. Para surpresa de alguns analistas, os EUA declararam que estão dispostos a conversar com os europeus para retirar os subsídios à exportação de lácteos. (Valor Econômico)
Preços – O começo da entressafra do leite no Centro-Sul e o ajuste na oferta do produto por conta da redução do processamento em alguns laticínios do país fizeram os preços do longa vida atingirem recordes no atacado e no varejo em maio. O produtor também recebeu mais neste mês pelo leite entregue em abril. Para Nilson Muniz, diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida ( ABLV ), o que contribuiu para o atual cenário foi o período de 13 meses (de outubro de 2007 a novembro de 2008) em que o setor trabalhou com perdas. Isso ocorreu depois da descoberta de fraude no leite em cooperativas em Minas Gerais, que afetaram a imagem da indústria de longa vida. “Mais de um ano de resultado negativo a indústria depreciou o preço ao produtor e desestimulou o investimento na produção”, observa Muniz. Na avaliação do executivo, os atuais preços permitem uma “rentabilidade adequada” para o setor. A expectativa de Laércio Barbosa, vice-presidente do Sindileite-SP, é que os preços sigam firmes até julho, quando a produção do Sul do país começa a aumentar. Ele observa que o quadro hoje é bem diverso do que gerou as altas em 2007. Naquele ano, havia forte demanda externa por lácteos e as exportações brasileiras cresciam. Atualmente, elas recuam. Em abril, segundo a Secretaria de Comércio Exterior, as exportações de lácteos e derivados somaram US$ 20,752 milhões, bem abaixo das US$ 67,768 milhões de igual mês de 2008. (Valor Econômico)
Negócios
Cálcio – Com a proximidade do Dia Mundial do Leite, em 1º de junho, uma pesquisa da Universidade Purdue, nos Estados Unidos, apontou que o cálcio obtido de produtos lácteos favorece mais o fortalecimento dos ossos do que suplementos alimentares como o carbonato de cálcio. (Tetra Pak)
Danone – As ações da italiana Parmalat atingiram o maior nível desde setembro ontem na bolsa de Milão com as notícias de que poderia ser comprada pela francesa Danone. Segundo a Reuters, o jornal Il Sole 24 Ore informou que a Danone poderia usar os € 3 bilhões de uma operação de aumento de capital para aquisições. A Parmalat e a Granarolo, também fabricante de lácteos, seriam possíveis alvos na Itália. Na terça, a Danone anunciou aumento de capital com emissão de novas ações para reduzir dívidas e fazer aquisições. (Valor Econômico)
Supermercados/MG – O setor supermercadista mineiro registrou crescimento de 6,81% nas vendas do mês de abril de 2009, em relação ao mesmo mês de 2008. Na comparação do mês de abril de 2009 com o mês de março do mesmo ano, o crescimento foi de 3,87%. O acumulado dos primeiros quatro meses deste ano também registra crescimento positivo de 1,74%. Os dados foram divulgados pela Associação Mineira de Supermercados (Amis). De acordo com o setor, o crescimento das vendas em abril foi por causa da Páscoa. (MGTV)
Setoriais
Máquinas – O faturamento do setor de máquinas agrícolas teve queda de 44% nos primeiros quatro meses de 2009. A falta de renda dos agricultores e o endividamento são os principais motivos apontados nas revendas. Só em abril a queda foi de 13%. A receita com as exportações também diminuiu 44%. E as vendas em baixa levaram os fabricantes a demitir. No último mês, mais de 1,8 mil trabalhadores da indústria de máquinas agrícolas perderam o emprego. A queda no faturamento do setor de máquinas agrícolas também aconteceu nas demais áreas da indústria de máquinas e equipamentos. No geral, a redução foi de 25% se comparado com os primeiros quatro meses do ano passado. (Canal Rural)
Safra – A safra 2009-2010 terá R$ 108 bilhões para financiamento, dos quais cerca de R$ 93 bilhões para o agronegócio e R$ 15 bilhões para a agricultura familiar. A informação foi dada pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, ao deixar encontro com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para tratar sobre os números do Plano Safra. — Vamos ter um bom aumento em relação ao total do ano passado — disse o ministro, ao lembrar que o setor recebeu R$ 78 bilhões para a safra 2008/2009. Stephanes afirmou que o Plano Safra 2009/2010 deve ser anunciado entre as duas primeiras semanas de junho. — Já estamos quase fechando todos os dados necessários para o plano de safras. (Canal Rural/Agência Brasil)
Agroindústrias – Como a maioria das agroindústrias não está conseguindo acessar as linhas de crédito oferecidas pelo BNDES, o presidente da instituição, Luciano Coutinho, prometeu ontem, em Brasília, a criação do fundo garantidor do agronegócio. A nova medida foi anunciada em reunião com o presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), Odacir Zonta, e o diretor da Coopercentral Aurora, Neivor Canton. Coutinho também prometeu a liberação imediata de capital de giro pelo Prodecoop e de linha do Procap, programa de capitalização das cooperativas agropecuárias. (Diário Catarinense)
Clima/Uruguai – A seca do verão e o veranico de outono alteraram alguns ciclos naturais do campo, e os produtores uruguaios começam a se preocupar com as modestas parições este ano. As recentes chuvas provocaram em algumas zonas do país uma momentânea rebrota do campo, o que permitiu que as vacas tivessem cios fora de época. Foram inseminadas, para ver se compensava a baixa quantidade de prenhezes registrada durante o período normal. As expectativas de parições são pessimistas, e serão bem inferiores a anos normais. A confirmação de prenhez que no ano passado era de 80%, esse ano caiu para 53%, mostrando as dificuldades para a reposição de rebanho. De acordo com Faustino Trindade da Sociedade de Fomento rural de Rivera, deverá levar pelo menos três anos, para que as parições voltem ao normal e os rebanhos tenham as reposições regularizadas. (Ultimas Noticias)
Economia
IGP-M – A deflação no Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) diminuiu o ritmo este mês. O indicador caiu 0,07% em maio, após apresentar queda de 0,15% em abril, informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A entidade anunciou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-M de maio. O Índice de Preços por Atacado – Mercado (IPA-M) caiu 0,3% em maio, após apresentar deflação de 0,44% em abril. Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor – Mercado (IPC-M) desacelerou a alta para 0,42% este mês, em comparação com o avanço de 0,58% no mês anterior. Já o Índice Nacional de Custos da Construção – Mercado (INCC-M) registrou taxa positiva de 0,25% no indicador anunciado hoje, em comparação com a leve baixa de 0,01% na leitura do mês passado. Até maio, o IGP-M acumula queda de 1,14% em 2009 e alta de 3,64% nos últimos 12 meses. (Agência Estado)
Globalização e Mercosul
ONU – A economia mundial cairá 2,6% em 2009, segundo um relatório sobre perspectivas econômicas publicado pelas Nações Unidas, que também previu que haverá uma “suave” recuperação em 2010, em meio a riscos e desigualdades para os países em desenvolvimento. Em relação a metas sociais – que serão afetadas pelo desemprego e perda de renda -, o Brasil está em um bom caminho em relação a objetivos em educação, saúde e serviços básicos, mas terá que gastar pelo menos 0,5% a mais de seu Produto Interno Bruto (PIB) para alcançá-los, segundo a ONU. No relatório Situação da Economia Mundial e Perspectivas – 2009, os especialistas da ONU, revisaram para baixo a evolução da economia mundial, que em 2008 registrou uma expansão de 2,1% e teve ritmo de crescimento de 4% entre 2004-2007. Além disso, advertiram em seu documento que, “para 2010, espera-se uma suave recuperação com grandes riscos”, e que “os países em desenvolvimento estão sendo afetados de maneira desigual pela crise econômica”. (EFE)
Recessão/EUA – Economistas acreditam que a recessão americana terminará no terceiro trimestre, seguindo-se uma fraca recuperação. Este foi o resultado de uma pesquisa feita pela Associação Nacional de Economistas de Empresas (Nabe). Para 74% dos economistas entrevistados, a economia já começará a se expandir no próximo trimestre. Apenas 19% deles acreditam que o ponto de inflexão deverá ser no quarto trimestre. A venda de imóveis aumentou em decorrência da queda de preços Os novos pedidos de manufaturados e bens duráveis subiram mais do que o previsto pelos analistas durante o mês de abril, ficando no maior nível dos últimos 16 meses. (Diário Financiero)
Recessão/UE – A economia da eurozona melhorou em abril, segundo análise do Conference Board, advertindo, no entanto, que deverão aguardar novos dados para confirmar se já está em curso a recuperação. O índice CEI, que mede a atividade econômica real não variou em abril, em relação às previsões, mas tinha caído 0,3 pontos em março e fevereiro. O CEI da zona do euro mantém uma tendência de baixa desde fevereiro de 2008. Por outro lado, a confiança dos consumidores e empresários voltou a aumentar em maio. Na zona do euro aumentou 2,1 pontos, ficando em 69,3. Na União Europeia (UE) cresceu 2,8 pontos, atingindo 66,7 pontos. Os maiores aumentos ocorreram na Itália (5,3 pontos), Inglaterra (4,8 pontos) e Holanda (3,1 pontos). (Diário Financiero)
África – O crescimento da África caiu fortemente em 2009, em conseqüência da crise econômica mundial, e será de apenas 2%, em relação aos 5,1% obtidos no ano passado, de acordo com as Nações Unidas (ONU). Acreditava-se, inicialmente, que a África poderia não sofrer as conseqüências da crise, devido sua fraca integração aos mercados financeiros globais, mas na realidade aconteceu o contrário. A queda do crescimento, e em certos casos a recessão que sofrem os países desenvolvidos provoca a redução da demanda e dos preços das matérias primas que a África exporta. (Diário Financiero)
Agricultura – O mundo evoluiu e a agricultura se encontra diante da lei de mercado, diz o professor de história econômica da Universidade de Paris Dauphine, Philippe Chalmain. A nível europeu é o período pré e pós PAC. Em 2008, com a seca em certas partes do globo, e “novos membros na mesa global” como a China, insegurança alimentar e fome surgem na imprensa, acompanhadas do alto preço de produtos primários, resultado do abandono das políticas protecionistas e um retorno à lei de mercado. Hoje não é preciso titubear para falar de um completo desinteresse político pela agricultura. (Agrisalon)
Paradigmas – Agora que o preço europeu está alinhado ao preço mundial, o produtor deverá passar por uma “revolução cultural”. É sobre este novo desafio que entidades e agremiações de classe devem se debruçar. Eveline Lohues da Câmara da Agricultura diz que é necessário o setor “conhecer o mercado para saber se posicionar no momento certo”, e repensar as organizações das unidades produtivas que devem apoiar o produtor, tendo em mãos, técnicos em contabilidade, especialistas em mercado futuro e a termo, etc., formações que atualmente não parecem pertencer ao segmento agrícola. “A agricultura não é mais a prioridade do Estado”. Para que a população possa consumir alimentos em abundância, a preços acessíveis, preservando o meio ambiente, e sem recorrer a tecnologias duvidosas como as Sementes Geneticamente Modificadas (OGM), o produtor deverá enfrentar necessidades e exigências múltiplas e contraditórias. (Agrisalon)