Notícias 27.05.09

Impostos – De 1º de janeiro até 27 de maio, milhões de contribuintes trabalharam duro para honrar um único compromisso. Pagar tributos da União, Estados e Municípios. São R$ 400 bilhões em impostos diretos e indiretos. Os números são de um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário. Na área dos alimentos, o campeão de arrecadação na cesta básica é a manteiga. No preço dela, o imposto embutido é de 36%. O pão nosso de cada dia custaria 14% a menos, se não fossem os tributos. O leite das crianças vem com 12,55% de impostos. (G1)

EUA – O governo americano concedeu subsídios às exportações de lácteos, constituindo uma nova barreira à entrada de produtos da Argentina, Nova Zelândia, Uruguai, Brasil e Chile. O Secretário de Agricultura, Tom Vilsack reabriu o Programa de Incentivos às Exportações de Lácteos que terminaria em junho próximo. Assim, 69.000 toneladas de leite em pó desnatado, 21.000 de manteiga e 3.000 de queijos foram incluídas nessa ajuda. (Infortambo)

OMC – O Brasil apresenta queixa na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a reintrodução dos subsídios dos Estados Unidos. Em colaboração com Argentina, Uruguai e o grupo de países emergentes, o Itamaraty acusa a Casa Branca de quebrar a promessa de não criar barreiras ao comércio em plena crise mundial, compromisso firmado em Londres, durante a reunião do G-20. Para o Brasil, a intervenção vai agravar as distorções. A questão do leite é o capítulo mais recente dessa tendência. O Itamaraty admite que não se trata de violação das regras da OMC, mas seu “potencial enfraquecimento”. “A decisão americana de seguir os passos europeus em recolocar os subsídios à exportação é um sinal preocupante”. Pelos entendimentos da OMC, os países teriam de eliminar todos os subsídios à exportação até 2013. Mas isso apenas se a Rodada Doha for concluída. (O Estado de SP)

Subsídios – Os subsídios são vistos pelo Brasil como uma ameaça aos planos de ampliar a produção e exportação de leite. Hoje, o País é o sexto maior produtor, atrás de Estados Unidos, Índia, Rússia, Alemanha e França. As estimativas do País são de que o setor lácteo recebe subsídios de mais de US$ 40 bilhões por ano nas economias ricas. No Canadá, 84% da ajuda aos produtores vai para o setor. Nos Estados Unidos, a taxa é de 55%. Na Europa, que domina um terço do mercado mundial, 80% dos subsídios ao setor vão para as exportações. (O Estado de SP)

Leite/RS – O governo estadual estuda devolver a concessão de crédito presumido de ICMS para operações em que o leite é captado fora do Rio Grande do Sul, processado pelas indústrias no Estado e vendido para outras regiões do país, cuja alíquota varia de acordo com o produto. Na decisão, que deve sair nos próximos dias, pesará o problema da estiagem, que reduziu a produção estadual e se reflete nos preços. A reivindicação foi apresentada na segunda-feira por representantes do setor lácteo ao secretário da Fazenda, Ricardo Engler. (Correio do Povo/RS)

ICMS – Acompanhando os preços de mercado, entrou em vigor na última terça-feira (26) a nova pauta de cobrança do ICMS para comercialização do leite e produtos derivados. Os novos valores foram definidos pela Gerência de Informações Econômico-Fiscais, da Secretaria da Fazenda (Sefaz). De acordo com Luciano Bandeira, da GIEF, durante pesquisa foi constatado que o preço do leite in natura subiu de R$ 0,51, para valor médio de R$ 0,60, o litro, o que representou aumento de 17,65%. Já o leite pasteurizado tipo A passou de R$ 1,25 para R$ 1,56, o litro. Os derivados do leite, como queijo e manteiga, também sofreram variação de preço acima de 20%. O objetivo da pesquisa é servir como um referencial de preços para cobrança do ICMS. (Goiás Agora)

Colômbia – O ministro da Agricultura, Andrés Fernández Acosta, confirmou que os produtores de leite pagarão $ 25 pesos por litro de leite para o Fundo de Estabilização de Preços. Segundo o ministério, a idéia é que com esse dinheiro se possa comprar os excedentes de leite e destiná-los a programas sociais. A medida que começou a vigorar neste final de maio, deverá ter vigência inicial de quatro meses, e pretende arrecadar 6 bilhões de pesos mensais. Dada a alta produção e a queda no consumo, entre 5 e 8%, hoje existem mais de 40 mil toneladas de leite estocados, 25 mil em pó e 15 mil de longa vida. De acordo com o Ministro da Agricultura, a contribuição ficou acertada com as Entidades Rurais, Fedegán, Analac, Fedefonsos, Unaga, além de pequenos produtores, e cooperativas do setor, e não se trata e um imposto. (El Espectador)

Preço/Colômbia – Os empresários consideram que é uma nova carga parafiscal que não soluciona a crise do leite, e vai atingir apenas os produtores formais. O setor lácteo se encontra em situação crítica. Dos 18 milhões de litros de leite produzidos na Colômbia, apenas 7 milhões são coletados pelas indústrias. Desconsiderando as condições do mercado, o pagamento ao produtor é tabelado por lei, enquanto os produtos lácteos estão com preços de 14 meses atrás. Na Nova Zelândia a tonelada de leite em pó é vendida a US$ 2.100. Na Colômbia só o custo da produção do leite para fabricar igual quantidade se encontra em torno de US$ 3.000. Enquanto o produtor colobiano recebe US$ 0,36 pelo litro de leite, no Brasil este se encontra em US$ 0,26 e na Argentina abaixo de US$ 0,20. Falta um debate profundo sobre as soluções possíveis, como seria a abertura do mercado venezuelano. (El Espectador)

Negócios

Embalagem – Do refrigerante de mais de 3 litros ao antisséptico bucal de 900 ml, está cada vez mais comum encontrar produtos em versões maiores que as usuais nos supermercados. Com a crise econômica à espreita da indústria de bens de consumo não-duráveis, o número de embalagens “tamanho família” cresceu. A meta é evitar que o consumidor que pretende economizar mude das marcas líderes para as mais baratas. E, em diversos casos, a estratégia tem surtido efeito. “Há algum tempo as embalagens econômicas vem ocupando espaço”, diz Martinho Paiva Moreira, vice-presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas). “Mas com a crise, os consumidores querem gastar menos e os ‘tamanho família’ estão ganhando mais destaque”, acrescenta. (Valor Econômico)

Iogurtes – A Danone, por exemplo, está ampliando a oferta de iogurtes em potes de 900 ml e também em bandejas com oito unidades. “Antes eram no máximo quatro”, diz Leonardo Lima, gerente de marketing. Boa parte dos consumidores, segundo ele, têm ido menos vezes ao supermercado. “As embalagens ‘tamanho família’ funcionam bem para quem está fazendo compras mais espaçadas”, afirma. Para indústria, a estratégia é positiva porque assim evita-se queda no volume de vendas. Além disso, há o estímulo ao maior consumo do produto. Com um pote de 900 ml na geladeira, a pessoa precisa consumir o iogurte antes que estrague – o que geralmente acontece em menos de uma semana. “Assim, vencemos um desafio que é aumentar o consumo habitual de iogurtes. (Valor Econômico)

Distribuidores – Começam a entender-se as grandes redes supermercadistas nacionais e estrangeiras que atuam em Fortaleza. A norte-americana Wal Mart, dona da rede Bompreço, e o francês Carrefour estarão presentes a uma reunião articulada pela Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece) com o apoio das Câmaras Setoriais da fruticultura, do caju, da carninocultura, da floricultura e do leite. A intenção da Adece é sensibilizar os supermercados a que dêem preferência aos produtos fabricados no Ceará, evitando os importados de outros Estados. (Diário do Nordeste/CE)

Danone – No dia 8 de junho, a francesa Danone apresentará na reunião mensal da Câmara Setorial do Leite seu projeto agro-industrial para o Ceará. A Danone investe na modernização de sua antiga fábrica de Maracanaú, para voltar a operar no Ceará, tendo direito ao máximo dos incentivos fiscais ofertados pelo Estado. (Diário do Nordeste/CE)

Setoriais

Investimento – As cooperativas do Paraná planejam investir R$ 1 bilhão no ano safra 2009/10, que começa em julho. Apesar do atual cenário econômico mundial e da quebra na produção de grãos do Estado causada pela falta de chuvas, os grupos pretendem ampliar a estrutura de armazenagem e o parque industrial, com projetos que estavam em andamento. Estimam gerar 7 mil empregos. E não está nos planos reduzir as receitas. Pelo contrário. A meta é aumentar ou ao menos repetir o faturamento conjunto de R$ 22 bilhões de 2008, que foi 34% maior que o registrado em 2007. Levantamento da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) mostra que, na agroindústria, deverão ser aplicados R$ 583,6 milhões. A grande aposta será na avicultura, que terá aportes de R$ 215,1 milhões. A suinocultura ficará com R$ 44,6 milhões, os lácteos com R$ 53,5 milhões e R$ 10,4 milhões irão para fábricas de rações. (Valor Econômico)

Safra – O governo anunciará, em meados de junho, um novo plano para atender produtores familiares e assentados da reforma agrária. O orçamento do Plano de Safra 2009/2010, que começará a vigorar a partir de julho, deve chegar a R$ 15 bilhões. Mas as taxas de juros do segmento, fixadas entre 0,5% e 5,5% ao ano, tendem a permanecer nos níveis atuais. O governo também elevará, de R$ 110 mil para R$ 160 mil, a renda bruta máxima para enquadramento no Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). As autoridades ainda avaliam a ampliação de limites individuais de crédito. O plano do governo também permitirá o financiamento de tratores, máquinas e equipamentos a avicultores e suinocultores no Programa Mais Alimentos. (Valor Econômico)

Financiamento – A Cargill terá entre US$ 500 milhões e US$ 550 milhões disponíveis para operações de financiamento aos produtores na safra 2009/10. O montante é maior que os US$ 400 milhões da safra 2008/09, segundo o diretor do complexo soja da companhia no Brasil, José Luiz Glaser. Caso seja totalmente desembolsado, o volume de recursos será mais que o dobro das operações de crédito aos agricultores realizada no ciclo 2007/08, quando as operações de empréstimo somaram US$ 250 milhões. “Mas ainda não sabemos se vai ser tudo utilizado. Vai depender da demanda”, afirma o diretor. (Valor Econômico)

Milho – A Câmara Setorial do Milho e do Sorgo esteve reunida com a de Suínos e de Aves ontem, durante o 21º Congresso Brasileiro de Avicultura, para debater a produção do grão e a garantia do atendimento aos segmentos. Conforme o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo Jason Duarte, o Brasil poderá ser o segundo maior exportador do grão e embarcar até 9 milhões de toneladas neste ano, enquanto, em 2008, foram aproximadamente 6 milhões de t. O país pode ocupar a vaga da Argentina, cujos embarques não devem passar de 6 milhões de t. A câmara projeta que, para acompanhar o crescimento da demanda por carnes e as vendas ao exterior, a produção deva subir. A expectativa é de 52 milhões de t para este ano e de 80 milhões de t até 2012. ‘A ideia e que os setores não sofram com a falta do grão’, ponderou. (Correio do Povo/RS)

Clima – Cerca de 150 pesquisadores e profissionais, ligados ao setor rural, estão reunidos no II Simpósio sobre Mudanças Climáticas e Desertificação no Semiárido Brasileiro. Serão palestras e debates sobre os impactos do aquecimento do clima na área seca do Nordeste, que deverão agravar os atuais níveis de degradação ambiental que, em pelo menos dois locais – Cabrobó (PE) e Vale do Gurguéia (PI) – já avançaram para processos de desertificação. Os estudos acerca do impacto das alterações no clima do planeta preveem que o semiárido deve ser afetado com a destruição da biodiversidade, redução dos recursos hídricos e da produtividade agrícola. O Simpósio pretende reunir experiências na exploração sustentável dos recursos naturais pela população nas áreas rurais. É importante enfrentar as alterações no clima valorizando iniciativas de agricultores e suas entidades na produção de alimentos e preservação do ambiente, ressalta a pesquisadora da Embrapa, Francislene Angelotti. (Nordeste Rural)

Soja – Os Estados Unidos poderá esgotar suas reservas de soja antes da nova colheita. É grande a demanda externa decorrente da quebra de safra na América do Sul, que está 18,1 milhões abaixo do nível registrado no ano passado, em decorrência da seca. Esse déficit está gerando graves repercussões no mercado americano, afirmou a revista alemã Oil Word. “A magnitude dos danos aos cultivos alcançou dimensões tais que provocou fortes reações nos preços”. A exportação dos Estados Unidos subiu 14%, este ano, e reduziu os estoques norte americano, que corre o risco de se esgotar antes no início da próxima colheita. A oferta de óleo de soja também caiu nas últimas semanas. Na Argentina, o preço de exportação do óleo de girassol já alcançou a dos derivados de soja. (Ambito.com)

Economia

Exportações – As exportações brasileiras de produtos do agronegócio apresentaram redução nos primeiros quatro meses de 2009. É o que mostram dados do Departamento de Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Apesar disso, na comparação com outros setores a queda registrada é menor. Analistas afirmam que a principal explicação para a baixa está na queda do consumo, afetado fortemente pela crise financeira. Segundo a Fiesp, o ritmo de redução é maior nos produtos industrializados do que no caso das commodities agrícolas, porque a demanda por alimentos não foi afetada . Em abril, as exportações do agronegócio chegaram a US$ 18,1 bilhões, uma queda de 8% na comparação com os mais de US$ 19 bilhões do mesmo período do ano passado. A queda dos outros setores chegou a 17,5%, passando de US$ 52,7 bilhões em abril do ano passado para US$ 43,5 bilhões para o mesmo mês deste ano. (Canal Rural)

Desemprego – Após três meses consecutivos de aumento, a taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo e no conjunto de seis regiões metropolitanas pesquisadas pela Fundação Seade e pelo Dieese ficou praticamente estável em abril em relação a março. Segundo a entidade, a taxa de desemprego no centro populacional paulista ficou em 15% em abril, praticamente estável em relação aos 14,9% apurados em março. No mês passado, o contingente de desempregados aumentou em 17 mil pessoas na região. Já nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal, a taxa de desemprego ficou em 15,3% no mês passado, praticamente estável em relação aos 15,1% do mês anterior. (Agência Estado)

 

Globalização e Mercosul

Alimentos – O Programa Mundial de Alimentos (PMA) da Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou nesta terça-feira (26) a expansão de sua operação de ajuda alimentar no Iraque. A meta é alcançar os grupos mais vulneráveis do país, e também fornecer refeições gratuitas às crianças nas escolas. O programa será estendido até o fim deste ano e irá atender mais 577 mil pessoas no Iraque, localizadas em 41 distritos. Uma análise feita em 2008 pela agência das Nações Unidas e as autoridades iraquianas demonstrou que 930 mil pessoas não tinham segurança alimentar no Iraque, e outras 6,4 milhões de pessoas corriam o risco de se tornarem parte deste grupo com a falência do Sistema Público de Distribuição. (ANBA)

Consumo – Os consumidores da França e da Alemanha continuam gastando apesar da pior recessão que atinge a Europa nos últimos 50 anos. Dados mostram que os gastos dos franceses em bens manufaturados cresceram 0,7 % entre março e abril, superando projeções. Na Alemanha, segundo o centro de pesquisas GfK, o indicador de “confiança do consumidor” no país deve se manter estável pelo quarto mês seguido em junho. Embora o indicador esteja num patamar baixo, a projeção para junho indica que a acentuada queda na produção industrial não vem produzindo reflexos importantes na economia em geral. Alemanha e França são as maiores economias dos 16 países que fazem parte da zona do euro. Ambos tiveram contração mais forte que os EUA no primeiro trimestre. O setor exportador nos dois países tem sido mais afetado pela crise. (Valor Econômico)

Subsídios/UE – Os ministros da Agricultura da União Europeia (UE) concordaram em adiantar as subvenções agrícolas. Em virtude do acordo, as ajudas diretas, que beneficiarão todo o setor lácteo, poderão ser pagas já no meio de outubro, e não em dezembro como geralmente acontece. Dentro do bloco o setor agrícola receberá US$ 1,4 bilhões em ajuda financeira adicional. (Ambito.com)

Parmalat Italiana – A italiana Parmalat registrou uma queda de 3% nas vendas no primeiro trimestre de 2009 em comparação com o mesmo período de 2008, totalizando 899,4 milhões de euros contra o 926,9 milhões obtidos no exercício anterior. Mas os lucros atingiram os 177,3 milhões de euros, maior que os 90,8 milhões obtidos no mesmo período de 2008. O Canadá foi o país que gerou mais vendas (295,9 milhões de euros), seguido da Itália (252,3 milhões), América Central e do Sul (144,3 milhões) e Austrália (93,1 milhões). Na realidade, o Canadá já representa cerca de 33% das vendas globais da Parmalat, seguindo-se a Itália com 28%, América Central do Sul com 16% e Austrália com 10%. O principal negócio da companhia continua a ser o leite, responsável por 60,8% das receitas (no primeiro trimestre de 2008 tinha um peso de 60,3%), seguido dos derivados de lácteos, pesando 29% (em período homólogo valiam 30,9% das receitas). (Hipersuper)

EUA aceitam discutir a retirada de subsídios a lácteos

Os Estados Unidos sinalizaram hoje (27) na Organização Mundial do Comércio (OMC) que estão prontos para discutir a retirada de subsídios à exportação de lácteos se a União Europeia (UE) fizer o mesmo. A posição americana foi provocada por uma cobrança do Brasil contra a reintrodução de subsídios à exportação de lácteos pelos dois gigantes do comércio mundial.

O embaixador brasileiro junto à OMC, Roberto Azevedo, reclamou diante dos 153 países-membros que a volta desses subsídios significava um rompimento do acordo dos líderes do G-20, para os países não adotarem novas medidas que deturpem o comércio internacional em meio à crise econômica e financeira global.

A União Europeia, a primeira que reintroduziu a subvenção para se livrar de enormes estoques de leite, argumentou que apenas reativou um antigo programa. Azevedo retrucou que, por essa lógica, os países em desenvolvimento podiam justificar elevação de tarifas de importação já que elas também foram mais altas no passado.

Por sua vez, a delegação dos EUA disse que Washington só reintroduziu agora os subsídios para exportar lácteos para se contrapor à ação dos europeus, que estavam deslocando o produto americano em outros mercados.

China, Argentina, México, Egito, África do Sul, Austrália e outros países apoiaram a reclamação brasileira, chamando a atenção para o “efeito dominó” no comércio internacional de medidas protecionistas quando as trocas globais continuam em queda livre.

Para surpresa de alguns analistas, os EUA se declararam, então, dispostos a conversar com os europeus para retirar os subsídios à exportação de lácteos.

Existe de fato uma preocupação generalizada de efeito “bola de neve”, com um país adotando subvenção e outros tendo que também fazer o mesmo para manter a competitividade de seus produtos. O problema é que os países em desenvolvimento, ainda mais na crise atual, não têm o tesouro que os ricos dispõem para dar subvenção.

A matéria é de Assis Moreira, para o Valor Online

Associação das Pequenas e
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