Notícias 26.03.09

Lácteos/RS – A produção de lácteos gaúcha pode sofrer nova perda de competitividade. A partir de 1º de abril, o Rio de Janeiro aumentará de 12% para 18% a alíquota sobre a compra de leite longa vida de outros estados e isentará a circulação interna do produto. Segundo o diretor do Sindilat, Darlan Palharini, o mercado carioca absorve 17% dos 6 milhões de litros de leite UHT processados por dia no RS. Para ele, uma saída seria conceder 5% no crédito presumido para compra de matéria-prima gaúcha. (Correio do Povo/RS)

Leite/SC – Boa notícia para os milhares de produtores de leite do Estado. O Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado, o Conseleite, que se reuniu ontem, em Chapecó, identificou tendência de aumento do preço pago ao produtor. Os preços de referência são deste mês. O valor de março para o leite acima do padrão atingiu R$ 0,6090 por litro, frente a 0,6067 em fevereiro. O leite padrão passou de R$ 0,5276 em fevereiro para R$ 0,5296 este mês. (Diário Catarinense)

Negócios

Páscoa – É na classe que C que está a maior porcentagem de pessoas com intenção de comprar ovos de chocolate nesta Páscoa, segundo pesquisa do Instituto Análise com mil entrevistas em 70 cidades brasileiras. Cerca de 55% dos consumidores dessa classe pretendem comprar neste ano. O número está próximo da classes A e B (52%). (Folha de SP)

Atacadista I – Numa tentativa de driblar a crise econômica mundial e a escassez de crédito, o comércio atacadista distribuidor está financiando o setor de varejo e privilegiando a oferta de produtos essenciais de alimentação, higiene pessoal e limpeza doméstica. A estratégia ainda não impediu a revisão para baixo das projeções de crescimento do setor este ano, mas vai permitir taxas ainda positivas, a despeito da turbulência na economia. Em todo o país, o comércio atacadista mantém a previsão de crescer 2% neste ano, apesar de se tratar de um número modesto ante os 8% registrados em 2008, comparação prejudicada pelo período aquecido da economia até setembro. A cada 10 produtos consumidos, mais da metade chegou à população pelos atacadistas distribuidores. (Estado de Minas)

Atacadista II – O desempenho deste mês já mostra recuperação, segundo Ronaldo Saraiva Magalhães, vice-presidente da Embrasil – Empresa Brasileira de Distribuição. Ele atribui boa parte do crescimento dos negócios à atuação das empresas junto aos pequenos varejistas, os mais afetados pela falta de crédito para repor os estoques. Depois da queda das vendas ao redor dos 3% em janeiro e fevereiro, Ronaldo Magalhães diz que as entregas de março inverteram a curva e indicam 10% de aumento das vendas no fechamento deste mês. Os atacadistas de alimentos, por sua vez, amargam baixa do faturamento, mas ainda assim têm compensado os negócios com a manutenção de pedidos de produtos de necessidade básica, tanto alimentos essenciais quanto artigos de higiene e limpeza. A Ademig e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais firmaram, quarta-feira, acordo de cooperação técnica para incentivar a participação das empresas e dos produtos do estado no mercado internacional. (Estado de Minas)

Setoriais

Medidas I – O Conselho Monetário Nacional (CMN) deve aprovar nesta quinta-feira, em reunião ordinária, medidas de apoio aos produtores rurais. Uma das mudanças será a extensão de descontos sobre a renda bruta de beneficiários do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para novas culturas. O CMN deve autorizar um rebate de 30% sobre a renda bruta obtida com milho, feijão, arroz, trigo e mandioca. Atualmente, a norma do Pronaf prevê rebates de 50%, 70% ou 90% sobre a renda bruta apurada. Outra mudança a ser aprovada pelo CMN deverá beneficiar o Programa Mais Alimentos, que tem sido a principal fonte de demanda para tratores de baixa potência no campo. (Valor Econômico)

Medidas II – O CMN também deve autorizar alterações na linha de crédito para as “cotas-partes” de produtores familiares cooperados. O governo quer autorizar financiamentos ao processamento e industrialização de leite e derivados a cooperativas que tenham pelo menos 70% de associados como agricultores familiares vinculados ao Pronaf. As cooperativas terão, ainda, que apresentar um mínimo de 55% da matéria-prima a beneficiar de produção própria ou desses associados. Assim, seriam ampliados o limite máximo de patrimônio líquido de R$ 3 milhões para até R$ 50 milhões. Também serão fixados limites de financiamento por cooperativa de até R$ 5 milhões. Os limites de crédito de custeio e comercialização das atividades agroindustriais desse setor seguiria em R$ 5 mil por beneficiário em cada operação. Contratos coletivos teriam R$ 50 mil. Associações teriam R$ 2 milhões e cooperativas, outros R$ 5 milhões. As cooperativas centrais poderiam emprestar até R$ 10 milhões. (Valor Econômico)

Recursos – Com a atual crise de crédito, um dos principais objetivos do governo federal é diminuir a dependência dos produtores de financiamento das tradings. Para isso, o Plano Safra 2009/2010, que deverá ser apresentado em maio, terá um acréscimo de 20% a 25% em relação ao valor disponibilizado na safra anterior, evoluindo de R$ 78 bilhões para cerca de R$ 95 bilhões. De acordo com Luís Carlos Guedes Pinto, vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, apesar da taxa de juros do crédito rural ser de 6,75% ao ano, os produtores do Sul e Centro-Oeste arcam com um percentual muito maior, uma vez que a taxa de juros das tradings nessas regiões está estimada em 15% e 22%, respectivamente. (DCI)

Produção – A redução nos investimentos no campo está derrubando a produção industrial de máquinas e insumos para o setor agrícola. A expectativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) é que o recuo seja ainda mais forte na próxima safra, já que as decisões de plantio serão tomadas até o final deste primeiro semestre. A produção de defensivos em janeiro deste ano caiu 46%, segundo o IBGE, ante igual período do ano passado. No caso de máquinas e equipamentos agrícolas, o recuou foi de 27,6%. (Zero Hora/RS)

Agronegócios – Embora a escassez de crédito tenha sido o principal entrave para o avanço da indústria brasileira nos últimos meses, atravancando o desenvolvimento de projetos de expansão em diversas cadeias produtivas, o setor de agronegócios foi o menos exposto aos efeitos da crise mundial, segundo os participantes do 14º Fórum da Associação Brasileira de Agribusiness (ABAG), realizado nesta quarta, dia 25, em São Paulo. Carlo Lovatelli, presidente da ABAG, assinalou que os setores de siderurgia e mineração enfrentaram maiores dificuldades, por comercializarem bens cujo consumo pode ser adiado. – A demanda por bens alimentícios permaneceu inalterada, com vendas em alta e números positivos – disse. (Safras)

Economia

Desemprego – De janeiro para fevereiro, houve a eliminação de 229 mil pessoas do mercado de trabalho, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) do Dieese e Seade. O estudo, apresentado ontem, reflete a movimentação da mão-de-obra em seis regiões metropolitanas: São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre e Distrito Federal. A taxa total de desemprego nessas regiões aumentou, na média, de 13,1% para 13,9% da população economicamente ativa, elevando o contingente de desempregados para 2,756 milhões, 136 acima do total de janeiro. Salvador foi a única região que manteve taxa estável. As demais registraram elevação. Na região Metropolitana de Porto Alegre, pesquisa da FEE, Dieese e FGTAS revelou que oito mil perderam emprego em fevereiro. Segundo o economista da FEE Roberto Wiltgen, ‘os dados têm efeito da sazonalidade e fevereiro é período de retração na economia. Em 12 meses, observa-se crescimento da ocupação de 3%’. (Correio do Povo/RS)

IPCA-15 – A inflação medida pelo IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15) recuou para 0,11% em março. O resultado ficou abaixo das previsões de analistas e foi inferior à alta de preços do mês passado, de 0,63%. Os preços de educação e de alimentos foram os principais responsáveis pela desaceleração do índice. Em fevereiro, o reajuste de matrículas e mensalidades escolares havia sido responsável por mais da metade da taxa de inflação. Em março, o grupo teve queda de 0,43%. Segundo analistas, os dados sobre o comportamento de preços em março mostram que há espaço para novos cortes de juros. (Folha de SP)

ICC – O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 0,7% de fevereiro para março, passando de 94,9 para 94,2 pontos. A pesquisa divulgada nesta quinta-feira (26) mostra que esse é o menor nível da série, iniciada em setembro de 2005. Segundo o estudo, o Índice da Situação Atual recuou 1,1%, para 98,3 pontos, o menor desde março de 2007 (97,8). De fevereiro a março, a parcela dos consumidores que estão confiantes com o presente momento diminuiu de 8,4% para 7,4%, enquanto a dos que vêem a situação atual como ruim aumentou de 51,2% para 52,5%. Já as previsões relativas ao futuro próximo permaneceram estáveis (92,6 pontos), ainda assim, atingiram o menor nível da série. (Agência Brasil)

Globalização e Mercosul

Doha I – Os líderes do Brasil e da Grã-Bretanha pediram nesta quinta-feira que os países se apressem em completar as negociações de comércio global e adotem mais estímulo fiscal e monetário para ajudar a combater a crise econômica global. O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também pediram ajuda para reverter o fluxo de saída de capital estrangeiro de países emergentes e regulamentações mais severas ao mercado financeiro. – Eles concordaram que políticas de protecionismo serviriam apenas para aprofundar a recessão global e reafirmaram seu comprometimento com uma rápida e abrangente decisão na rodada Doha, tendo como base os significativos resultados conquistados até então – afirmaram os líderes em comunicado conjunto. (Reuters)

Doha II – Washington lamentou que as atuais propostas de Doha não tenham conseguido apontar as oportunidades de exportação que poderiam criar para os Estados Unidos. O governo norte-americano quer revisar um acordo parcial alcançado na Organização Mundial do Comércio em julho do ano passado. O Brasil é a terceira parada de Brown em um tour pela Europa, América Latina e Estados Unidos para buscar apoio para a reunião do G20 que vai discutir medidas para combater a crise financeira global. Lula e Brown apontaram no comunicado conjunto que a reunião do G20 é uma oportunidade vital para se tomar a ação internacional necessária para ‘recuperar a demanda global através de uma ação de política fiscal e monetária conjunta e coordenada’. (Reuters)

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
do Rio Grande do Sul

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