Lácteos/PE – O primeiro passo, para melhorar a qualidade do leite e do queijo produzido no sertão de Pernambuco, foi dado esta semana, com o cadastro dos produtores da região do Araripe. A responsabilidade é da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária (Sara) do estado. O cadastramento começou por Bodocó, a 654 quilômetros de Recife, em cerca de 60 micros e pequenas agroindústrias de queijo do município, que vão receber apoio técnico especializado. A ação, segundo os técnicos da Adagro – Agência de Fiscalização e Defesa Agropecuária de Pernambuco visa à melhoria na qualidade do leite e do queijo produzido na Região do Araripe. De acordo com o gerente geral da Sara, Gutemberg Granjeiro, em quinze dias, o cadastramento será concluído. A próxima etapa será a realização da análise da qualidade do leite. O objetivo é atender o padrão de qualidade higiênica estabelecido pela Instrução Normativa Nº. 51. (Nordeste Rural)
Lácteos/MS – A realidade do mercado leiteiro em Mato Grosso do Sul começa a tomar nova forma a partir desta sexta-feira (13). O governador André Puccinelli e o diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), José Antônio Roldão, realizam a entrega dos primeiros tanques comunitários dentro do projeto MS Leite, que contém ainda os programas Balde Cheio e Cooperar Leite. Foram adquiridos 153 tanques de resfriamento que irão beneficiar produtores de 49 municípios. Dos 153 tanques adquiridos, 135 tem capacidade para processar 2 mil litros de leite; 16 são para 3 mil litros e duas unidades para mil litros. (Pantanal News)
TEC – O presidente Lula deve propor, na próxima reunião de cúpula do Mercosul, Tarifa Externa Comum (TEC) para o leite em pó importado de 26% ou 27%. A informação é do ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Guilherme Cassel. Um dos objetivos da medida é garantir escoamento do produto e rentabilidade ao agricultor. (Correio do Povo/RS)
Lácteos – Havia dois anos que o Brasil não tinha déficit na balança comercial de lácteos. Com uma esperada redução da oferta é possível que se produza um incremento do volume de importações durante o primeiro semestre deste ano. A importação de 10.000 toneladas de leite em pó em janeiro equivale a quase 90 milhões de litros de leite, e é um sinal do que pode ocorrer no primeiro semestre de 2009. Janeiro é um mês de safra no sudeste e centro-oeste, e em caso de se confirmar a tendência, com a redução natural da oferta nos próximos meses, as importações se intensificarão. Hoje, tem empresas trazendo leite em pó da Argentina e Uruguai a um custo equivalente de R$ 0,50/litro. Além disso, algumas empresas, antecipando uma possível falta de leite nos próximos meses, estão formando estoques comprando nos países vizinhos. Resta saber se os estoques da Argentina e Uruguai serão suficientes para cobrir a demanda brasileira e se as importações continuarão nesse ritmo. Se não forem suficientes, será necessário trazer mais leite de fora do bloco, pagando taxas de 27% e, em alguns casos, tarifas antidumping, o que gera um potencial desajustes entre os preços internos e externos, com espaço para um aumento mais significativo dos preços. De qualquer forma, as importações aos preços atualmente vigentes preocupam e podem significar um retrocesso no crescimento da produção interna, e na geração de empregos e nos planos de exportação. (Infortambo)
Rótulos/UE – A Associação Europeia das Indústrias Lácteas (EDA) protestou contra o enquadramento dos derivados de leite na mesma categoria daqueles classificados como “de imitação”, na nova regulamentação projetada pela Comissão Européia (CE). A CE prevê agrupar os alimentos conforme o conteúdo de sais, gorduras ou nutrientes, colocando produtos “lácteos”, junto com produtos oriundos do “leite de soja”. Mas a EDA quer que haja um grupo apenas para leite e derivados, opondo-se à inclusão de produtos de imitação, como os de soja. De outro lado a proposta também impõe limites para a rotulagem de queijos com altos teores de gordura, não podendo indicar que estes alimentos têm propriedade saudáveis, prejudicando duplamente o setor queijeiro. A CE enviará a proposta sobre Tabela nutricional dos alimentos ao Parlamento Europeu e ao Conselho de ministros da União Europeia. (Frisona)
Diante da revolta dos padeiros alemães e intensa pressão do setor de alimentos, a Comissão Europeia (CE) reduziu sua ambição de colocar normas mais rígidas das virtudes nutricionais dos alimentos. “Rico em Fibras”; “Rico em Cálcio”; “Baixos teores de matéria gorda”; “Baixos teores de sal”; ou “Faz baixar o colesterol”: Bruxelas queria de início impedir embalagens e publicidade. Os padeiros alemães disseram que Bruxelas queria alterar a receita do tradicional “bretzel”. Mas, finalmente o sacro santo pão completo alemão será poupado e mesmo todos os alimentos “tradicionais”. Essa foi a decisão do presidente da Comissão, José Manuel Barroso, em uma carta enviada ao Parlamento Europeu. “As frutas e os legumes, a carne, o peixe, o leite, os ovos e os pães tradicionais não estarão incluídos no perfil nutricional proposto”, diz a carta. (Agrisalon)
Negócios
Aurora – O presidente da Coopercentral Aurora, Mário Lanznáster, voltou ontem a Chapecó (SC), após reunião em Brasília com secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado, em que disse ter alertado o governo federal sobre a falta de crédito que as 17 cooperativas filiadas estão enfrentando. No primeiro bimestre, as vendas da cooperativa caíram 70% no exterior em relação ao mesmo período do ano passado e houve queda de cerca de 30% no mercado interno. Segundo Lanznáster, nos dois primeiros meses do ano houve prejuízo e os estoques de carnes suína, de frango e derivados de leite ficaram aproximadamente 30% acima do normal e chegaram a 56 mil toneladas, cerca de R$ 200 milhões. O normal seria 42 mil toneladas. A Aurora fechou 2008 com um prejuízo de R$ 111,7 milhões, alegando aumento das despesas financeiras, “percalços com a variação cambial” e encarecimento dos insumos. A receita operacional bruta da cooperativa foi de R$ 2,7 bilhões, um crescimento de 20% em relação ao ano anterior. No fim de 2008, a Aurora anunciou o adiamento de dois investimentos importantes: uma fábrica em Canoinhas (SC) e outra em Carazinho (RS), à espera de um cenário econômico melhor. (Valor Econômico)
Bertin – A Bertin S.A. está ampliando o seu leque de atuação para reforçar sua presença dentro e fora do País. No exterior, a empresa monitora o mercado por meio de suas bases e parceiros, observando a relação estoque/consumo, o que tem possibilitado a empresa redirecionar o foco de suas negociações mensalmente. No mercado doméstico, por meio da marca Vigor, o Bertin está ocupando o varejo e levando seus produtos onde sua presença ainda era tímida, estratégia possibilitada pela sinergia entre as duas marcas. (DCI)
Setoriais
IqPR – Na primeira quadrissemana de março de 2009, o Indice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) registrou alta de 1,02%. Os índices dos produtos de origem vegetal (IqPR-V) e animal (IqPR-A) apresentaram variação positiva de 1,02% e 1,03%, respectivamente. As informações são do Instituto de Economia Agrícola do Estado de São Paulo (IEA/SP). Os produtos do IqPR que registraram as maiores altas nesta quadrissemana foram: ovos (16,78%), laranja para indústria (9,17%), laranja para mesa (7,73%), trigo (4,74%) e carne de frango (3,37%). Os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços na primeira quadrissemana de março foram: tomate para mesa (34,81%), feijão (33,83%), carne suína (12,70%), banana (9,66%) e milho (94,77%). (Safras)
Soja – A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) reduziu sua projeção para a produção brasileira de soja na safra 2008/09. Em vez das 58,1 milhões de toneladas estimadas em fevereiro, a previsão apresentada nesta quinta-feira foi de 57,7 milhões de toneladas. A estimativa de fevereiro já era menor que a do mês anterior em virtude da estiagem que abateu o Sul do país e Mato Grosso do Sul. Com a previsão de embarques de soja em grão de 24,5 milhões de toneladas, ou 500 mil a menos que a projeção anterior, também foi feito ajuste na estimativa de estoques iniciais, que subiu de 1,5 milhão para 2 milhões de toneladas. Na safra 2007/08, a produção de soja foi de 59,9 milhões de toneladas, segundo a Abiove. (Valor Econômico)
Soja/Argentina – O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) diminuiu em 800 mil toneladas as estimativas a já iniciada colheita de soja argentina, safra 2008/09, calculando a produção em 43 milhões de toneladas. (El Once Digital)
Economia
Varejo – As vendas do comércio varejista brasileiro subiram 1,4% em janeiro deste ano ante dezembro do ano passado, na série com ajuste sazonal, divulgou hoje o IBGE. O resultado é surpreendente, já que as estimativas variavam entre queda superior a 1% e uma leve alta, de 0,3%. Na comparação com janeiro do ano passado, as vendas aumentaram 6%. Nos últimos 12 meses até janeiro de 2009, as vendas do varejo nacional acumulam alta de 8,7%. (Agência Estado)
Cortes – O setor industrial ainda precisa enxugar mais o seu quadro de trabalhadores para enfrentar a crise. Apesar do forte ajuste no final do ano passado, mais de um terço das empresas planeja novas demissões e a suspensão de serviços terceirizados, segundo consulta feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) no início de março. Os empresários têm ressalvas sobre o efeito das medidas adotadas pelo governo no combate à crise – 54% deles avaliam um efeito apenas moderado nas medidas do Banco Central para atenuar a escassez e o alto custo do crédito. Para 40%, elas não estão sendo efetivas. Sobre as medidas do governo para reaquecer a economia, 57% dos empresários avaliam que elas estão funcionando moderadamente, mas para 39% elas não produzem efeito algum. O setor quer maior redução de tributos, dos juros e do spread bancário, além de maior oferta de capital de giro. (Correio do Povo/RS)
Globalização e Mercosul
Comércio – O comércio mundial terá em 2009 um de seus piores momentos no século. As estimativas do Banco Mundial apontam que a queda será a maior em 80 anos. Já o secretário-geral da Conferência da ONU para Comércio e Desenvolvimento, Supachai Panitchpakdi, ousa fazer uma previsão: a queda será de pelo menos 10%, chegando a 17% no pior dos cenários. A Organização Mundial do Comércio (OMC) vem prevendo que a redução das exportações no mundo seria de 3%. Mas já alertou que, no dia 31 de março, irá rever os números diante da queda generalizada. “O número será feio”, alertou Patrick Loew, economista-chefe da OMC. Supachai, que já ocupou o cargo de diretor-geral da OMC, acredita que o número da entidade já está “amplamente superado”. (Jornal do Comércio/RS)
Supermercados – O Wal-Mart pretende abrir seus primeiros supermercados voltados ao público hispânico neste terceiro trimestre no Arizona e Texas, dentro dos planos da maior rede varejista dos Estados Unidos para continuar ampliando seu domínio no mercado americano de gêneros alimentícios. As lojas-piloto, chamadas Supermercado de Wal-Mart, serão inauguradas nas cidades de Phoenix e Houston. A rede varejista informou que as lojas estão em “bairros fortemente hispânicos” e apresentarão uma “nova disposição, marca e variedade de produtos, com a ideia de torná-los ainda mais relevantes para os clientes hispânicos locais”. (Valor Econômico)
Brasil/Argentina – A Argentina apresentou ontem uma lista de cerca de 15 setores industriais que demandam proteção contra as exportações brasileiras. Em reunião realizada em Buenos Aires, os dois países decidiram que as desavenças comerciais serão solucionadas pelo setor privado, mediante acordos sobre volumes e preços a serem exportados para ambos os mercados. “Cada setor terá um tipo de negociação porque os setores são diferentes e os produtos também. Alguns poderão ter cotas e outros, preços mínimos”, explicou o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho, após a reunião para discutir os atritos no comércio bilateral. Segundo Ivan Ramalho, os problemas que surgirem nas negociações setoriais serão levados para uma comissão bilateral de monitoramento, que deve começar a se reunir na próxima semana em São Paulo, com a visita que a presidente argentina Cristina Kirchner fará à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nos próximos dias 19 e 20. Ramalho disse ter conversado com representantes de pelo menos nove dos setores que serão afetados e que “todos estão dispostos a negociar”. Ramalho informou ainda que os empresários brasileiros dos setores de farinha de trigo, leite, vinho e aerossol querem fazer um acordo para que os argentinos também coloquem limite em suas vendas para o Brasil. (Agência Estado)
Portugal – Os queijeiros portugueses que iniciaram uma perda de rentabilidade, em 2007, pelo aumento em cadeia do preço leite, até o consumidor final, aliado à redução do poder aquisitivo da população, adaptaram-se oferecendo produtos mais baratos, de consumo rápido e prático. Dessa forma, segundo dados da Nielsen, em 2008, foram movimentados 375 milhões de euros e mais de 45 milhões de quilos de queijos em Portugal, crescendo 3%, em volume e 14% em valor. Os queijos estrangeiros foram responsáveis por essa dinâmica e representam 45,9% do mercado português. E, segundo a TNS os supermercados, em 2008, lideraram a venda de queijos com 39,7% da quota de mercado em volume e 41,5% em valor. Em segundo lugar vieram os hipermercados (28,2% e 20,3%), seguidos pelos discounts (23,5% e 20,3%). (Hipersuper)
Consumo – Um total de 54% das empresas de alimentos e bebidas começa a ver indícios de estabilidade em 2009 e 8% até considera que a situação pode melhorar durante o ano, segundo o estudo “Food and beverage 2012″, realizado pela Deloitte. O relatório, dirigido aos mais altos executivos da indústria de alimentos, mostra que custo e preço são as principais armas da indústria em 2009 para combater a recessão econômica e a mudança de comportamento dos consumidores. A consultora assinalou que as empresas de alimentação e bebidas devem orientar a sua estratégia para o consumidor e as suas necessidades. (Hipersuper)