Notícias 09.02.09

Perdigão – A Perdigão pretende inaugurar unidade de resfriamento de leite em Bagé no dia 15 de abril. O anúncio foi feito, durante reunião entre representantes da indústria e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico. Segundo o engenheiro Nelson Ceretta, responsável pela implantação da empresa em Bagé, na próxima semana, haverá reunião com a coordenação regional de fomento da Perdigão para definir os próximos passos do processo de implantação da unidade.Entre os assuntos a serem tratados está a elaboração de um projeto que viabilizará o incremento de produção de leite e o apoio de produtores de toda a região da Campanha, com o objetivo de atingir a coleta de 300 mil litros/dia. O volume é a quantidade necessária para implantação de uma futura planta de beneficiamento de leite em Bagé. Conforme Ceretta, a unidade de resfriamento gerará 20 empregos, entre diretos e indiretos. Já a implantação da unidade de beneficiamento de leite permitirá a criação de mais cem empregos, sendo 70 diretos e 30 indiretos, no início da fase operacional. (Correio do Povo/RS)

PEC – O BNDES no âmbito do esforço anti-crise, lançou o Programa Especial de Crédito – PEC. O objetivo é promover a competitividade das empresas dos setores: indústria, comércio e serviços, por meio do financiamento a capital de giro, com dotação orçamentária de R$ 6 bilhões e prazo de vigência até 30/06/09. (BNDES).

Câmara Setorial – As medidas de apoio ao setor de lácteos serão discutidas durante a 18ª reunião ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados, nesta terça-feira (10), às 14 horas, em Brasília. No encontro, também serão definidas a agenda de ações para a afiliação do Brasil na Federação Internacional do Leite (FIL) e as contribuições da Câmara para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP 2009/2010). (Ministério da Agricultura)

Portugal – Portugal deverá ficar aquém da quota leiteira estipulada para o país, o que na opinião dos produtores traduz o desânimo do setor. O aumento de 2% nas quotas para a campanha 2008/2009 não incentivou a produção. A medida aprovada pela União Europeia (UE) permitia a Portugal aumentar voluntariamente a sua produção de leite em 38.971 toneladas. O secretário-geral da FENALAC, que representa cerca de 8 mil produtores em Portugal, lamenta: “Não temos nenhum tipo de ajuda neste quadro comunitário”, lembrando a promessa do Governo de destinar 20 milhões de euros por ano, com vistas à adaptação à liberalização do mercado. Segundo a FENALAC, o contexto de crise está provocando uma “grande pressão” sobre os preços na distribuição. A propósito, a FENALAC defende maior fiscalização na relação entre os distribuidores e fornecedores. (Agência Lusa)

Negócios

Seminário – O município de Chapecó (SC) vai sediar a segunda edição da Mercoláctea Milk Fair entre os dias 24 e 26 de março de 2009. A feira será promovida pela Federação da Agricultura e Pecuária (Faesc) e Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc). No dia 25 de março será promovido o 8° Seminário do Leite. Simultaneamente haverá o Showroom da Indústria Láctea, o Simpósio Interleite e a Feira de Bovinos e Ovinos de leite, com animais para mostra e comercialização. Haverá palestras e oficinas contínuas para os produtores com o foco em sistemas de produção, controle e redução de custos na propriedade rural. (Canal Rural)

 

Setoriais

IqPR  – O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) 1,2 encerrou o mês de janeiro de 2009 em alta de 1,27%. O índice dos produtos de origem vegetal (IqPR-V) fechou com variação positiva de 1,89%, enquanto o índice dos produtos de origem animal (IqPR-A) apresentou queda de 0,27%. No acumulado dos últimos 12 meses, os resultados do índice dos produtos agropecuários (IqPR) indicaram valorização de 5,83%, sendo que para os produtos vegetais (IqPR-V) o aumento foi de 4,00%; e para os produtos de origem animal (IqPR-A) 9,75%. Desconsiderando a cana-de-açúcar do cálculo do índice, os resultados têm significativas reduções: 2 pontos percentuais para o IqPR e mais de 6 pontos percentuais para IqPR-V. Os produtos do IqPR que registraram altas no mês de janeiro, em comparação com o mês anterior foram: feijão (31,16%), batata (28,06%), milho (19,55%), laranja para mesa (4,78%) e soja (4,55%). A alta nos preços dos grãos reflete a quebra de safras no sul brasileiro devido à estiagem. Os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços no mês de janeiro foram: tomate para mesa (35,66%), banana nanica (20,51%), carne suína (11,42%) e ovos (3,71%). Em janeiro, 12 produtos apresentaram alta de preços (nove de origem vegetal e três de origem animal) e sete apresentaram queda (quatro de origem vegetal e três produtos de origem animal). (Safras)

Exportações – São Paulo foi o estado que mais exportou produtos do agronegócio em 2008. O valor embarcado somou 15,7 bilhões de dólares, alta de 8,7% em relação a 2007. O Rio Grande do Sul ficou em segundo lugar com 10,6 bilhões de dólares, crescimento de 20,45%. O Paraná fechou o ano na terceira colocação ao embarcar 10,2 bilhões de dólares, ganho de 30,31%. (Correio do Povo/RS)

PIB – O PIB (Produto Interno Bruto) do agronegócio deverá ter alta real de 6,3% em 2008, conforme dados ainda preliminares do Cepea. Segundo a entidade, o PIB do agronegócio como um todo deve ter se aproximado de R$ 760 bilhões no ano passado, após ter ficado em R$ 715 bilhões em 2007, a valores de 2008. Em novembro, o PIB do agronegócio caiu 0,42% sobre outubro, quando o setor já havia recuado 0,88%, segundo a CNA, com base em dados do Cepea. Essa queda nos últimos meses se deve ao setor agrícola, pressionado por volumes e preços menores. (Folha de SP)

 

Economia

Cesta/SP – O custo da cesta básica na cidade de São Paulo caiu 1,32% em janeiro, informou a pesquisa mensal da Fundação Procon em parceria com o Dieese. O preço médio da cesta ficou em R$ 284,01 no final de janeiro, ante R$ 287,80 no final de dezembro. Na comparação com janeiro de 2008, porém, o preço médio da cesta básica subiu 7,02%. Dos 31 produtos pesquisados em janeiro, 11 apresentaram alta de preço, 16 diminuíram e quatro permaneceram estáveis. Dos produtos que compõem o item Alimentação, as maiores quedas em janeiro foram do preço da carne de segunda sem osso (-6,08%), leite em pó integral (-5,98%) e salsicha avulsa (-4,67%). Já a elevação mais expressiva foi do preço da batata, com alta de 37,78%. (Agência Estado)

Indústria – O emprego industrial caiu 1,8% em dezembro ante novembro, na série com ajuste sazonal, segundo divulgado nesta segunda-feira, 9 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representou a maior queda na ocupação no setor ante mês anterior desde o início da série dessa pesquisa, em 2001. Apesar disso, o resultado do emprego no acumulado de 2008 ficou positivo, com alta de 2,1%. Na comparação com dezembro de 2007, o indicador registrou a primeira taxa negativa (- 1,1%) após 29 meses consecutivos de expansão. A queda refletiu reduções em 11 dos 14 locais pesquisados pelo IBGE, com destaque para São Paulo (-0,8%), Santa Catarina (-3,2%), Paraná (-3,1%) e região Nordeste (-2,0%). (Agência Estado)

IPC-S – O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) subiu 0,81% na primeira prévia de fevereiro, apurada até o último sábado (dia 7), informou esta manhã a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O avanço menos intenso de preços no grupo Educação, Leitura e Recreação (de 3,53% para 2,91%) levou à taxa menor do IPC-S no início deste mês. Das sete classes de despesa usadas para cálculo do índice, cinco registraram desaceleração de preços, ou deflação, na passagem do IPC-S de até 31 de janeiro para o índice de até 7 de fevereiro. Além do grupo Educação, é o caso de Habitação (de 0,31% para 0,29%); Vestuário (de -0,19% para -0,27%); Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,45% para 0,43%); e Transportes (de 0,74% para 0,66%). Os outros grupos apresentaram aceleração de preços, no mesmo período. É o caso de Alimentação (de 1% para 1,16%) e de Despesas Diversas (de 0,36% para 0,44%). (Agência Estado)

Globalização e Mercosul

Protecionismos – O Brasil espera que os EUA revejam a ideia de obrigar as empresas americanas que recebem ajuda governamental a priorizar fornecedores domésticos, mas está disposto a levar o caso à OMC se isso não ocorrer, afirmou o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral. “Ainda há uma expectativa de que o Executivo modifique um pouco a lei diante das reações internacionais.” Em nota, o Itamaraty afirmou que o governo brasileiro “tem acompanhado com preocupação as notícias sobre a inclusão de dispositivos de natureza protecionista” no pacote dos EUA. Segundo o Itamaraty, a intenção de adotar as regras “emite sinal negativo” em relação às iniciativas de cooperação internacional contra a crise. (Folha de SP)

Medidas – Entre os temores de protecionismo mundial por conta da crise financeira estão em foco especial as provisões para favorecer uso de produtos americanos nas medidas do iminente pacote de estímulo à economia dos EUA. Mesmo suavizadas para não infringir acordos da OMC, elas se arriscam a piorar a situação e levar a retaliações, inclusive o Brasil. O alerta foi dado pelo indiano Jagdish Bhagwati. O pacote ainda está em discussão, mas os alarmes já soaram contra pontos do “Buy American”. Bhagwati diz que a emenda contra violação de acordos é “terrivelmente importante”, mas insuficiente. “Brasil, Índia, China e outros países em desenvolvimento podem retaliar sem violar regras da OMC, porque em muitas ocasiões cobram tarifas abaixo do teto permitido”, afirmou.E a tensão não tem fronteiras. A reunião de hoje da OMC chega pouca mais de duas semanas depois de o órgão afirmar que o protecionismo global estava sob controle. Na Europa, por exemplo, subsídios para exportadores de laticínios foram retomados. Também barraram alguns materiais chineses sob acusação de dumping. A Índia propôs aumentar taxas do aço estrangeiro. A Rússia, fora da OMC, recebe dez comissários da União Europeia em Moscou amanhã para discutir barreiras tarifárias. Os EUA também planejam tarifas contra água italiana e queijo francês para punir a União Europeia. Bhagwati diz crer que o presidente Barack Obama é pró-livre comércio, mas está em um ambiente desfavorável. (Folha de SP)

Marca Própria – No último ano, a Espanha tornou-se o país europeu que mais consome produtos de marca própria, acima da Alemanha, onde os produtos de distribuição têm forte posicionamento. A crise econômica impôs contenção no gasto das famílias, o que se traduziu numa modificação dos hábitos de consumo, voltando-se para os produtos mais baratos na hora de encher o carrinho. – As vendas dos produtos de marca própria ou de distribuidor multiplicaram. O crescimento, entre setembro de 2007 e setembro de 2008, nas grandes cadeias de distribuição, El Corte Inglés, Carrefour, Eroski, Mercadona, Alcampo ou Dia, foi mais de 8% e representam 32% das vendas totais do setor. Outros países em que a penetração das marcas próprias atinge elevadas quotas de mercado são a Alemanha, com 31%, Holanda e Reino Unido, com 27%, França 26% e a Itália 13%. – A forte preponderância da marca própria na Espanha está diretamente relacionada com a grande concentração da distribuição moderna. Três grandes grupos: Carrefour, Eroski e Mercadona controlam 59% de toda a alimentação embalada. 50% das vendas do Mercadona são de marcas próprias. – A marca própria é aproximadamente 38% mais barata que as marcas líderes, ultrapassando 50% em alguns produtos. No Reino Unido o preço pode ser até 51% mais baixo, e na França 40%. (HiperSuper)

Espanha – Nas últimas semanas os clientes do Mercadona puderam observar como muitos dos produtos estão desaparecendo das prateleiras. Foram de 600 a 800 artigos, num total de 9.000. A decisão da cadeia vem causando um profundo mal estar entre os fabricantes, especialmente pelo peso da distribuidora espanhola Mercadona, que detem aproximadamente 20% do mercado. Mais de um industrial começou a refazer as contas para 2009, depois que a Mercadona tirou seus produtos das prateleiras. (Expansion/Espanha)

Chile – Pesquisa realizada entre os dias 20 e 22 de janeiro pelo Serviço Nacional do Consumidor (Sernac) em Santiago do Chile, detectou que 43% das marcas próprias eram mais caras que os produtos de marcas comuns. No caso do Líder, 25,7% de seus produtos tinham o preço maior que o similar mais econômico, e no Jumbo 77,1% de seus produtos eram superiores ao equivalente mais barato. (Diario Financiero/Chile)

Câmara Setorial do Leite define ações para o setor

As medidas de apoio ao setor de lácteos serão discutidas durante a 18ª reunião ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados, nesta terça-feira (10), às 14 horas, em Brasília. No encontro, também serão definidas a agenda de ações para a afiliação do Brasil na Federação Internacional do Leite (FIL) e as contribuições da Câmara para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP 2009/2010).

As informações são do Mapa. Perdigão planeja inaugurar unidade de Bagé em abril

A Perdigão pretende inaugurar unidade de resfriamento de leite em Bagé no dia 15 de abril. O anúncio foi feito na última sexta-feira (06), durante reunião entre representantes da indústria e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico. Segundo o engenheiro Nelson Ceretta, responsável pela implantação da empresa em Bagé, nesta semana haverá reunião com a coordenação regional de fomento da Perdigão para definir os próximos passos do processo de implantação da unidade.

Entre os assuntos a serem tratados está a elaboração de um projeto que viabilizará o incremento de produção de leite e o apoio de produtores de toda a região da Campanha, com o objetivo de atingir a coleta de 300 mil litros/dia. O volume é a quantidade necessária para implantação de uma futura planta de beneficiamento de leite em Bagé.

Conforme Ceretta, a unidade de resfriamento gerará 20 empregos, entre diretos e indiretos. Já a implantação da unidade de beneficiamento de leite permitirá a criação de mais cem empregos, sendo 70 diretos e 30 indiretos, no início da fase operacional.

Depois de anunciar férias coletivas para 2,78 mil funcionários nas unidades gaúchas de Porto Alegre (Cavalhada) e de Lajeado, a empresa informou que também determinou parada temporária a 1,52 mil funcionários da unidade de Dourados, no Mato Grosso do Sul, a partir de quarta-feira.

A parada técnica atingirá trabalhadores da produção de aves e será encerrada no dia 13 de março. A empresa já havia anunciado que prentendia fazer interrupções na produção destinada a exportações. Das 42 unidades da Perdigão, dez deverão ter a produção parcialmente paralizada nos próximos meses para promover ajustes de estoques.

As informações são do jornal Correio do Povo/RS.

 

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