Notícias 09.01.09

Safra/MG – Os produtores mineiros reduziram em 8% o uso de fertilizantes nas lavouras e, em conseqüência disso, a produção deve ser 3% menor do que na safra anterior. No Triângulo Mineiro, quem planejou espera com ansiedade o momento de comercializar os grãos. Entre outubro e novembro do ano passado, os produtores sentiram as indefinições do mercado e a alta nos custos. Além destes fatores, o Triângulo Mineiro também sofreu com a estiagem e, em algumas áreas, os agricultores tiveram que fazer o replantio. Num cenário com muitas incertezas, a redução de custos foi necessária e um cálculo simples fez muitos produtores diminuírem a quantidade de fertilizantes: em 2007, uma tonelada do produto equivalia a 18 sacas de soja; em 2008, aumentou para 35 sacas. (Canal Rural)

Soja – As previsões de oferta e demanda de soja no Brasil na safra 2008/09 são de apertada disponibilidade do produto, que vai obrigar indústrias e exportadores a utilizar seus estoques a partir do próximo ano, para atender ao consumo interno e às exportações da oleaginosa. Dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicam que os estoques finais da safra que se desenvolve no Brasil serão de 3,18 milhões de toneladas, volume 9,2% inferior ao registrado no período anterior. A expectativa do USDA é de que 1 milhão de toneladas de soja deixa de existir a partir do próximo ano, quando a colheita será realizada. O consumo dos estoques só não será maior porque a demanda deve retrair e os estoques iniciais tendem a compensar parte das perdas na oferta. O Brasil começa a safra com 400 mil toneladas a mais do que na safra passada e um estoque inicial de 3,51 milhões de toneladas. (Fatimanews)

Máquinas – As vendas de máquinas agrícolas no Brasil atingiram a marca de 54,4 mil unidades em 2008, número 42% superior em relação a 2007. Na comparação entre dezembro e o mês anterior, o volume negociado recuou 14,1%, para 3,6 mil itens, segundo informações da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A queda ocorreu por causa do menor volume de tratores negociados. (Gazeta Mercantil)

Monsanto – A companhia de produtos agrícolas Monsanto teve lucro líquido de US$ 556 milhões em seu primeiro trimestre fiscal – de setembro a novembro. O resultado é mais do que o dobro conseguido no mesmo período do exercício anterior. A renda por vendas chegou a US$ 2,649 bilhões, contra US$ 2,049 bilhões ganhos no primeiro trimestre de 2008. Esse aumento de 29% se deveu em grande medida à forte demanda de seus produtos na América Latina, precisou a companhia. – Nosso negócio na América Latina mostrou mais uma vez sua fortaleza e marca a pauta para um grande ano de 2009, o que nos dá confiança para elevar nossas previsões de lucro – ressaltou o presidente e executivo-chefe da empresa, Hugh Grant. (Agência EFE)

PIB – O Produto Interno Bruto do agronegócio brasileiro caiu 0,88% em outubro, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo. Trata-se do primeiro recuo desde julho de 2006. Até o mês de outubro, porém, o PIB acumula crescimento de 6,60% em 2008. Segundo a confederação, o PIB da agricultura apresentou queda de 1,42% no mês. De janeiro a outubro, o setor registra crescimento da 5,81%. Já o da pecuária apresentou crescimento de 0,44% em outubro, a menor taxa de 2008. No acumulado do ano, o setor cresceu 8,56%. (Diário Catarinense)

Economia

Alimentos – Os alimentos tiveram, em 2008, a maior alta em seis anos, com inflação de 11,11%. O resultado fica abaixo dos 19,47% observados em 2002. Naquele ano, os produtos alimentícios foram fortemente impactados pelo choque cambial. A coordenadora de Índice de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina dos Santos, explicou que a significativa alta dos alimentos reflete a disparada das commodities agrícolas no mercado internacional, que se refletiram no mercado interno. Tudo isso aliado ao aumento da demanda, tanto no mercado doméstico quanto no externo. O auge da pressão das commodities agrícolas foi notado no segundo trimestre de 2008, quando a inflação subiu 2,09%, ante 0,81% em igual período no ano anterior.No segundo semestre, a pressão dos alimentos arrefeceu, levando a inflação para patamares mais baixos do que vinha sendo observado. No primeiro semestre, os produtos alimentícios subiram 8,65%, e desaceleraram para 2,27% na metade final de 2008. Entre os alimentos, a maior alta notada no ano passado foi do tomate (108,32%), seguido pelo feijão preto (65,48%), carne seca (35,91%), arroz (33,95%), carnes (24,02%) e o pão francês (19,35%). Ao mesmo tempo, as principais quedas foram observadas no feijão carioca (-29,50%, depois de alta de 144,42% em 2007), batata inglesa (-18,23%), leite condensado (-10,16%), leite em pó (-9,96%) e iogurte (-2,09).Em dezembro, os alimentos tiveram elevação de 0,36%, com destaque para o tomate (34,11%), cebola (11,08%), cenoura (7,75%), pescados (3,28%) e hortaliças (2,39%). “Os alimentos in natura foram os que mais subiram em dezembro, pelas variações climáticas”, destacou.  (CorreioWeb)

IPC – A primeira quadrissemana de janeiro do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apontou inflação de 0,18% na cidade de São Paulo, ligeiramente acima do fechamento de dezembro, de 0,16%. O resultado foi divulgado hoje pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e ficou dentro das previsões dos analistas consultados pela Agência Estado, que oscilavam de 0,11% a 0,30%. Os grupos que apresentaram elevação entre dezembro e a primeira prévia de janeiro foram Habitação (de 0,23% para 0,29%), Educação (de 0,08% para 1,05%) e Saúde (de 0,04% para 0,06%). Recuaram, no período, os segmentos Transportes (de 0,18% para 0,12%), Despesas Pessoais (de 0,88% para 0,79%) e Vestuário (de 1,22% para 0,88%). A deflação de 0,54% no grupo Alimentação diminuiu para 0,52%. (Agência Estado)

IPCA  – Sob influência dos preços dos alimentos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou o ano passado com alta de 5,90%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A taxa é a maior desde os 7,60% verificados em 2004. Em 2007, a alta foi de 4,46%. Segundo o IBGE, o indicador teve uma alta mais concentrada no primeiro semestre do ano, quando foram verificadas as maiores taxas mensais, de 0,79% em maio e 0,74% em junho. Os indicadores davam, então, sequência à alta dos alimentos iniciada em 2007. No ano, os preços dos alimentos aumentaram, em média, 11,11%, resultado superior aos 10,79% de 2007, representando a maior alta dentre os grupos que compõem o IPCA. “A alta dos alimentos é atribuída, basicamente, a dois fatores: preços elevados dos produtos cotados no mercado internacional; e aumento da demanda por alimentos – tanto interna quanto externa”, diz o IBGE em nota. Da variação de 11,11% do grupo, 8,65% ficaram no primeiro semestre e 2,27% no segundo. Em dezembro, no entanto, os preços dos alimentos mostraram desaceleração. A taxa passou de 0,61% no mês anterior para 0,36%. (G1) . O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a inflação entre a população idosa, subiu 1,60% no quarto trimestre do ano passado, após elevação de 0,60% no terceiro trimestre, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em comunicado, a FGV informou que, entre as sete classes de despesa pesquisadas para cálculo do índice, a maior contribuição para a aceleração de preços verificada entre o terceiro e o quarto trimestre do ano passado partiu do grupo Alimentação, cujos preços voltaram a subir (de deflação de 0,98% para alta de 2,36%), no período. Houve movimentações de preços expressivas em Hortaliças e Legumes (-16,50% para 7,63%), Laticínios (-3,41% para 0,99%) e Carnes Bovinas (3,59% para 7,35%). (Agência Estado)

Globalização e Mercosul

Crescimento – A América Latina sentirá a desaceleração da economia mundial, e o Produto Interno Bruto (PIB) da região crescerá 2,1% este ano, menos da metade que em 2008, assegurou nesta quinta-feira a agência de qualificação de risco Standard & Poor’s. “Apesar de estar na melhor posição de sua história para enfrentar uma desaceleração econômica mundial, a América Latina não conseguirá se isolar do atual entorno”, afirmou a empresa em comunicado. A agência destacou que a profunda recessão nos países industrializados, os problemas nos mercados de capital e a queda dos preços das matérias-primas “se conjugarão para reduzir o crescimento em toda a região”. (Zero Hora/RS)

Uruguai – Produtores uruguaios estão mandando para os frigoríficos, vacas leiteiras prenhas. Isto significa que nos próximos meses não contaremos com as máquinas de produção de leite, diz o presidente da Sociedade de Produtores de Leite de Florida, Hector Javiel. Acrescentou que a situação dos produtores está cada dia mais insustentável, e o encerramento das atividades que está se processando trará problemas de desemprego não somente no campo, como no comércio e serviços vinculados à indústria de leite, bem como dificuldade para os municípios, com a queda do recolhimento de impostos. (Reuters)

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